sexta-feira, 9 de junho de 2017

Liturgia Diária Comentada 09/06/2017 sexta-feira

9ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 24,16.18 - Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados!

Oração do Dia: Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Livro de Tobias 11,5-17

Naqueles dias, Ana estava sentada, observando atentamente o caminho por onde devia chegar seu filho. Percebeu que ele se aproximava e disse ao pai: “Teu filho está chegando, e com ele o homem que o acompanhou”. Antes que Tobias se aproximasse do pai, Rafael lhe disse: “Estou certo de que seus olhos se abrirão. Aplica-lhe nos olhos o fel do peixe. O remédio fará com que as manchas brancas se contraiam e se desprendam de seus olhos. Teu pai vai recuperar a vista e enxergará a luz”.


Ana correu, atirou-se ao pescoço do filho e disse: “Voltei a ver-te, meu filho, agora posso morrer!” E chorou. Tobit levantou-se e, tropeçando, atravessou a porta do pátio. Tobias foi ao seu encontro, tendo na mão o fel do peixe. Soprou-lhe nos olhos e, segurando-o, disse: “Confiança, pai!” Derramou o remédio e esfregou-o. Depois, com ambas as mãos, tirou-lhe as películas dos cantos dos olhos. Então Tobit caiu-lhe ao pescoço, chorando e dizendo: “Eu te vejo, meu filho, luz de meus olhos!” E acrescentou: “Bendito seja Deus! Bendito seja o seu grande nome! Benditos sejam todos os seus santos anjos por todos os séculos! Porque, se ele me castigou, agora vejo o meu filho Tobias!”

A seguir, Tobit entrou com Ana em sua casa, louvando e bendizendo a Deus em alta voz, por tudo o que lhes tinha acontecido. E Tobias contou ao pai como tinha sido boa a viagem deles, por obra do Senhor Deus, como haviam trazido dinheiro e como se tinha casado com Sara, filha de Ragüel. Aliás, ela já se aproximava das portas de Nínive. Tobit e Ana alegraram-se muito e saíram ao encontro da nora, às portas da cidade.

Vendo-o andar a passos largos e com toda a firmeza, sem que ninguém o conduzisse pela mão, os ninivitas se admiraram. E diante deles Tobit louvava e bendizia a Deus em alta voz, por ter sido misericordioso para com ele e por lhe ter aberto os olhos. E, aproximando-se de Sara, mulher de seu filho Tobias, abençoou-a e disse: “Bem-vinda sejas, minha filha. E bendito seja o teu Deus, filha, que te trouxe para junto de nós! Abençoado seja o teu pai, abençoado o meu filho Tobias e abençoada sejas tu, minha filha! Entra em tua casa com saúde, a ti bênção e alegria! Entra, minha filha!” E naquele dia foi grande o contentamento entre todos os judeus que se encontravam em Nínive. - Palavra do Senhor.

Comentário: Como no livro de Jó (Jó 42,5), a fidelidade do justo leva à visão de Deus, que transborda em alegria de viver. A alegria da mãe é a presença viva dos filhos. A alegria do pai é ver os filhos bem-sucedidos na aventura da vida. Esta história edificante de família judaica no exílio pode tornar-se símbolo da história das famílias cristãs por entre as peripécias da vida. Sofrimento físico e moral, pobreza, separações não são uma fatalidade para quem tem fé; entram no plano misterioso e misericordioso de Deus. A confiança nele alivia sempre a dor; abre à esperança, torna-se prece, e esta esperança obtém muitas vezes êxito feliz, até na existência terrena. A fé é luz interior que faz ver, também quando os olhos estão apagados. As expectativas se realizam. Quantos pais e mãe aguardam o retorno dos filhos e os reveem numa nova luz! É uma esperança que tem em Cristo sua “luz”: ele mostra em si próprio que o sofrimento aceito com fé deságua na ressurreição. (Missal Cotidiano)

Salmo: 145,2ab. 7. 8-9a. 9bc-10 (R. 1)
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei ao meu Deus sem cessar!

O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro.

Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,35-37

Naquele tempo, Jesus ensinava no Templo, dizendo: “Como é que os mestres da Lei dizem que o Messias é Filho de Davi? O próprio Davi, movido pelo Espírito Santo, falou: “Disse o Senhor ao meu Senhor: senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos debaixo dos teus pés”. Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele pode então ser seu filho?” E uma grande multidão o escutava com prazer. - Palavra da Salvação.

Comentários:

A multidão que escutava Jesus nos deixa um grande exemplo: escutava Jesus com prazer. Nós somos convidados a conhecer cada vez mais e melhor quem é Jesus, contemplá-lo a cada dia e a penetrarmos no seu mistério. Isto para nós, antes de ser uma tarefa a ser desempenhada, deve ser causa de grande alegria por termos a oportunidade de participar da vida de Jesus, da sua intimidade, de poder entrar, conduzidos pela graça, no seu mistério e viver em profunda comunhão com ele. Conhecer Jesus deve ser uma fonte inesgotável de prazer para todos nós, um prazer muito maior do que teve a multidão ao escutá-lo. (CNBB)

A crença de que o Messias descenderia de Davi vinha de longa data. No início da monarquia, Deus prometera suscitar para Davi um descendente que o sucedesse no trono, de maneira a consolidar a realeza. A relação entre Deus e o monarca seria como a de pai e filho: "Eu serei para ele um pai, e ele será meu filho". O Senhor comprometia-se a garantir a estabilidade do trono real de Israel, a fim de que subsistisse para sempre. O fim da monarquia deu lugar à crença de que, no final do tempos, Deus haveria de suscitar um descendente de Davi, para restaurar Israel. Esta esperança messiânica era muito viva no tempo de Jesus. Aliás, ele mesmo foi identificado como filho de Davi. Contudo, Jesus olhava com reservas para esta antiga tradição, e a questionou servindo-se da citação de um salmo. Considerado do rei Davi, este salmo refere-se a alguém superior a seu autor: "Disse o Senhor ao meu Senhor". O Messias não seria um descendente de Davi, mas seu Senhor. Por conseguinte, deveria ser procurado fora da descendência davídica. Fixar-se na continuidade dinástica, ao longo dos tempos, poderia levar a identificações enganosas. Relativizado o critério davídico, Jesus sugere aos ouvintes perguntar-se por uma outra identidade do Messias. Não seria ele o Filho de Deus? (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Os papeis se invertem, agora é Jesus quem fala e faz uma serie de advertências, e começa indo de encontro a uma tradição bastante divulgada entre o povo de Israel em que o Messias seria da descendência de Davi. “Como dizem os escribas que Cristo é o filho de Davi? Pois o mesmo Davi diz, inspirado pelo Espírito Santo: Disse o Senhor a meu Senhor” (vv.35-36). A princípio acreditamos que Jesus esteja negando essa tradição, mas não é bem assim, na realidade o que ele deseja é desmistificar a ideia de que o Messias assumiria o trono de Davi, tornando-se um rei poderoso que devolveria a Israel o status de uma grande nação e que expulsaria de seus domínios todos os estrangeiros. (Ricardo e Marta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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