10ª Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus
Antífona: Salmo 26,1-2 O Senhor é minha luz e
minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida,
perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e
sucumbem.
Oração do Dia: Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos,
por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: 2ª Carta de São Paulo aos Coríntios
5,14-21
Irmãos, o amor de
Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo,
todos morreram. De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Assim,
doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez
conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. Portanto,
se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo
agora é novo. E tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e
nos confiou o ministério da reconciliação. Com efeito, em Cristo, Deus
reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e
colocando em nós a palavra da reconciliação.
Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através
de nós. Em nome de Cristo, nós vos
suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. Aquele que não cometeu nenhum
pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de
Deus. - Palavra do Senhor.
Comentário: Os inimigos de Paulo dizem
que ele não é apóstolo porque não foi testemunha ocular da vida terrestre de
Jesus, nem lhe conheceu as palavras e atos. Por isso, não pode ser testemunha
do Evangelho. No entanto, o Apóstolo mostra que o Evangelho não é simples
história de Jesus, e sim o anúncio de sua morte e ressurreição, que restaura a
condição humana, vence a alienação causada pelo pecado e inaugura nova era. A
cruz de Jesus anuncia o fim da inimizade com Deus e inaugura a era da
reconciliação universal. Enquanto esperamos o dia da ressurreição, Deus
escolheu apóstolos para exercer o ministério da reconciliação. Por meio deles,
o Senhor Jesus continua sua atividade na terra e convoca todos os homens: a
“reconciliem-se com Deus”. (Deus Único)
Salmo: 102, 1-2. 3-4.
8-9. 11-12 (R. 8a)
O Senhor é indulgente, é favorável.
Bendize, ó minha
alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao
Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores! Pois ele te perdoa toda
culpa e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te
cerca de carinho e compaixão. O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é
bondoso e compassivo. Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda
eternamente o seu rancor. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é
grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto
afasta para longe nossos crimes.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,33-37
Naquele tempo, disse Jesus aos
seus discípulos: “Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso,
mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. Eu, porém, vos digo: Não
jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra,
porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade
do Grande Rei. Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar
branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso
‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno. - Palavra da Salvação.
Comentário: A Lei proibia apenas o
juramento falso e exigia o cumprimento do juramento feito. Jesus foi além,
proibindo qualquer forma de juramento. Portanto, o discípulo do Reino deveria
evitar servir-se deste expediente para dar credibilidade à sua palavra. O rigor
de Jesus visava criar no coração do discípulo um clima de sinceridade e
transparência, a ponto de não precisar recorrer ao artifício do juramento
quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são incompatíveis com o
proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes deste tipo, renega
sua adesão ao Senhor. Outro objetivo da proibição de Jesus era evitar a
vulgarização de Deus. O juramento falso infringe o mandamento que veta usar em
vão do nome de Deus. O discípulo autêntico não tem necessidade de, a cada
passo, lançar mão deste recurso para fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e
o não é não. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites
não vem de Deus, por isso tem que ser evitado. A formulação tradicional do
mandamento, no pensar de Jesus, não era suficiente para garantir relações
sadias no interior da comunidade cristã. A necessidade de continuamente invocar
o nome de Deus, para garantir o trato mútuo, podia ser indício de que o Reino
ainda não tinha chegado a transformar o interior do discípulo. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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