Ser catequista não é uma profissão, mas uma vocação: é o que
afirma o Papa Francisco na mensagem enviada aos participantes do Simpósio Internacional
sobre Catequese.
No texto, o Pontífice cita um diálogo de São Francisco de
Assis com um de seus seguidores, que queria aprender a pregar. O santo lhe diz:
Quando visitamos os enfermos, ajudamos as crianças e damos de comer aos pobres
já estamos pregando. “Nesta lição, está contida a vocação e a tarefa do
catequista”, escreve o Papa.
Ser catequista
Em primeiro lugar, a catequese não é um trabalho ou uma
tarefa externa à pessoa do catequista, mas se “é” catequista e toda a vida gira
em torno desta missão. De fato, “ser” catequista é uma vocação de serviço na
Igreja, que se recebeu como dom do Senhor para ser transmitido aos demais. Por
isso, o catequista deve constantemente regressar àquele primeiro anúncio ou
“kerygma”, que é o dom que transformou a própria vida. Para Francisco, este
anúncio deve acompanhar a fé que já está presente na religiosidade do povo.
Com Cristo
O catequista, acrescentou o Papa, caminha a partir de Cristo
e com Ele, não é uma pessoa que parte de suas próprias ideias e gostos, mas se
deixa olhar por Ele, porque é este olhar que faz arder o coração. Quanto mais
Jesus toma o centro da nossa vida, mais nos impulsiona a sair de nós mesmos,
nos descentraliza e nos faz mais próximos dos outros.
Catequese “mistagógica”
O Papa compara este dinamismo do amor com os movimentos
cardíacos: sístole e diástole, se concentra para se encontrar com o Senhor e
imediatamente se abre para pregar Jesus. O exemplo fez do próprio Jesus, que se
retirava para rezar ao Pai e logo saía ao encontro das pessoas sedentas de
Deus. Daqui nasce a importância da catequese “mistagógica”, que é o encontro
constante com a Palavra e os sacramentos e não algo meramente ocasional.
Criatividade
E na hora de pregar, Francisco pede que os catequistas sejam
criativos, buscando diferentes meios e formas para anunciar a Cristo. “Os meios
podem ser diferentes, mas o importante é ter presente o estilo de Jesus, que se
adaptava às pessoas que tinha a sua frente. É preciso saber mudar, adaptar-se,
para que a mensagem seja mais próxima, mesmo quando é sempre a mesma, porque
Deus não muda, mas renova todas as coisas Nele.
“Eu os
encorajo a serem alegres mensageiros, custódios do bem e da beleza que
resplandecem na vida fiel do discípulo missionário.”
Papa
Francisco
Fonte: Rádio
Vaticano
Excerto da
matéria: “Papa:
catequista não é profissão, mas vocação”
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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