Introdução ao espírito da
Celebração
Cansados pelo trabalho do dia a dia, aqui estamos junto do
Senhor para, num diálogo amoroso, Lhe transmitirmos as nossas preocupações e
escutarmos a Sua voz.
Os problemas podem ser muitos, as dificuldades podem parecer
de difícil solução. Mas com o Espírito Santo que o Senhor nos envia, com a
presença maternal de Nossa Senhora, encontraremos de novo a alegria de viver.
Primeira Leitura
Livro da Sabedoria 12,13.16-19
Deus Todo Poderoso é indulgente para conosco. Procuremos
também nós proceder do mesmo modo para com o próximo.
A leitura, extraída da terceira e última parte do livro da
Sabedoria (Sab 10 –19), em que se descreve a presença da Sabedoria na história
do povo de Israel, deixa ver como Deus, que é justo, mostra tanto a sua justiça
punindo os maus (aqui trata-se dos egípcios – cap. 11– e dos cananeus – cap.
12), como também mostra a sua «indulgência» (v. 18), ao inspirar, após o
pecado, a contrição (v. 19).
Segunda Leitura
Carta de São Paulo aos Romanos 8,26-27
Na nossa oração peçamos ao Senhor nos ensine a pedir não
segundo a nossa vontade mas sim segundo a vontade de Deus.
Os dois versículos da leitura põem em evidência o papel do
Espírito Santo na alma do fiel, vindo em auxílio da nossa fraqueza: Ele sabe da
nossa incapacidade para nos dirigirmos a Deus; habitando na alma justificada.
Suscita e facilita gemidos inefáveis – «gemidos que se não podem descrever» –,
que constituem a vida de oração das almas contemplativas. Ele conduz a alma, de
modo misterioso mas eficaz, pelo caminho da perfeita identificação com «a
vontade de Deus».
Evangelho
Segundo Mateus 13,24-43
O Senhor explica-nos a Sua Doutrina através de belas
parábolas. Escutemo-lO e cumpramos a Sua vontade.
Continuamos hoje com a leitura do discurso das parábolas no
capítulo 13 de S. Mateus. A parábola do trigo e do joio envolve tanto a
denúncia da intolerância como a do relativismo; o mal e o erro existem, mas a
verdade e o bem acabarão por prevalecer.
25 «Joio» era uma planta muito parecida com o trigo, com que
facilmente se confunde antes de brotar a espiga. Misturado em certa quantidade,
envenena o pão e produz graves náuseas e enjoos. Semearcizânia entre o trigo
era um caso de vingança pessoal não rara então, um crime previsto e punido pelo
Direito Romano.
29-30 A resposta do dono do campo encerra a lição da
parábola: «deixai-os ambos crescer ambos até à ceifa». Deus permite o mal no
mundo e dentro do campo da própria Igreja, mas há de suprimi-lo
definitivamente. Ninguém se escandalize, pois, com a existência do mal, pois
com o juízo divino, depois da morte (a ceifa), os que praticaram o bem (trigo)
irão para o Céu (simbolizado no celeiro) e os que praticaram o mal (joio) irão
para o Inferno (simbolizado no fogo).
31-32 O «grão de mostarda» – uma pequenina semente que mal
se vê – é a pregação do Evangelho e a Igreja. Um homem é Jesus; o seu campo é o
mundo. A Igreja (Reino dos Céus) tem uns começos muito modestos, mas em breve
se estende pelo mundo todo. A Igreja é católica, universal, destina-se a todos
os homens de todas as raças, classes, culturas, de todas as latitudes e de
todos os tempos. A mostarda (sinapis nigra) é um arbusto ainda hoje muito
abundante na Palestina e que pode chegar a atingir 3 ou 4 metros de altura.
33 A parábola do «fermento» mostra como o Evangelho vai
transformando todo o mundo – «a massa» – de modo invisível, lento mas
progressivo; deixa ver como a Igreja vai convertendo à fé todos os povos. O
fermento é também uma expressiva imagem do que o cristão tem de ser no mundo:
sem se deixar dessorar, deve ir conquistando com o seu exemplo e com a sua
palavra os que o rodeiam para Cristo, e ir imbuindo do espírito de Cristo todas
as realidades humanas, a cultura e as próprias estruturas da sociedade, sem as
instrumentalizar nem clericalizar.
Sugestão para reflexão
Jesus é o nosso Salvador
Por mistérios da insondável misericórdia de Deus, Jesus veio
à Terra, há dois mil anos, para salvar a humanidade. Viveu normalmente como
qualquer pessoa. Sofreu o abandono, logo ao nascer, por ser pobre. Sofreu o
drama do exílio no Egito por Herodes o querer matar. Trabalhou em casa de Seus
pais, ajudando-os. Rezou continuamente em toda a vida.
Os últimos três anos da Sua existência terrena passou-os na
pregação. Deu vista aos cegos, fez ouvir os surdos, curou os doentes,
ressuscitou até os mortos, enquanto anunciava o reino de Deus, muitas vezes
através de parábolas (Evangelho).
Depois – oh maldade e ingratidão dos homens! – foi condenado
injustamente à morte, sendo pregado na Cruz por nosso amor. Ressuscitou
glorioso na manhã do Domingo de Páscoa. Confirmou os Apóstolos na Fé e
enviou-os a anunciar a Boa Nova da Salvação ao Mundo.
Fonte: presbiteros.com.br
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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