quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Liturgia Diária Comentada 09/08/2017 18ª quarta-feira do Tempo Comum

Primeira Leitura: Livro dos Números 13,1-2.25-14,1.26-29

Naqueles dias, o Senhor falou a Moisés, no deserto de Faran, dizendo: “Envia alguns homens para explorar a terra de Canaã, que vou dar aos filhos de Israel. Enviarás um homem de cada tribo, e que todos sejam chefes”. Ao fim de quarenta dias, eles voltaram do reconhecimento do país e apresentaram-se a Moisés, a Aarão e a toda a comunidade dos filhos de Israel, em Cades, no deserto de Farã. E, falando a eles e a toda a comunidade, mostraram os frutos da terra e fizeram a sua narração, dizendo: “Entramos no país, ao qual nos enviastes, que de fato é uma terra onde corre leite e mel, como se pode reconhecer por estes frutos. Porém, os habitantes são fortíssimos, e as cidades grandes e fortificadas. Vimos lá descendentes de Enac; os amalecitas vivem no deserto do Negueb; os hititas, jebuseus e amorreus, nas montanhas; mas os cananeus, na costa marítima e ao longo do Jordão”.


Entretanto Caleb, para acalmar o povo revoltado, que se levantava contra Moisés, disse: “Subamos e conquistemos a terra, pois somos capazes de fazê-lo”. Mas os homens que tinham ido com ele disseram: “Não podemos enfrentar esse povo, porque é mais forte do que nós”. E, diante dos filhos de Israel, começaram a difamar a terra que haviam explorado, dizendo: “A terra que fomos explorar é uma terra que devora os seus habitantes: o povo que aí vimos é de estatura extraordinária. Lá vimos gigantes, filhos de Enac, da raça dos gigantes; comparados com eles parecíamos gafanhotos”. Então, toda a comunidade começou a gritar, e passou aquela noite chorando. O Senhor falou a Moisés e Aarão, e disse: “Até quando vai murmurar contra mim esta comunidade perversa? Eu ouvi as queixas dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Por minha vida, diz o Senhor, juro que vos farei assim como vos ouvi dizer! Neste deserto ficarão estendidos os vossos cadáveres. Todos vós que fostes recenseados, da idade de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim, não entrareis na terra na qual jurei, com mão levantada, fazer-vos habitar, exceto Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. Carregareis vossa culpa durante quarenta anos, que correspondem aos quarenta dias em que explorastes a terra, isto é, um ano para cada dia; e experimentareis a minha vingança’. Eu, o Senhor, assim como disse, assim o farei com toda essa comunidade perversa, que se insurgiu contra mim: nesta solidão será consumida e morrerá”. - Palavra do Senhor.

Comentário: No deserto o povo é por demais inerte, não colabora com Deus, precede a seu modo e é infiel à aliança. É causador dos próprios males que, entretanto, imputa a Deus. A severa punição de Deus consiste simplesmente em deixá-los em sua inércia: aterrorizados com os espantalhos dos exploradores, não ousarão prosseguir viagem rumo à terra prometida e morrerão no deserto, até que surjam novas gerações, jovens, animosas, mas confiantes em Deus, que hão de colaborar em sua obra.“ Ajuda-te que Deus te ajuda” é um provérbio sábio. É necessário confiar em Deus e agir: as duas coisas juntas, não uma sem a outra (cf. 1Cor 15,10). Muitas vezes, em face de situações graves, de provações, quereremos tornar atrás, resignados com pouco, a fim de não ter de enfrentar a luta. Contamos só com nossas forças e estas falham: tememos obstáculos e inimigos hipotéticos, e eis-nos bloqueados! Confiemos em Deus! (Missal Cotidiano)

Salmo: 105,6-7a. 13-14. 21-22. 23 (R. 4a)
Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!

Pecamos como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios; no Egito nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis grandes feitos. Mas bem depressa esqueceram suas obras, não confiaram nos projetos do Senhor. No deserto deram largas à cobiça, na solidão eles tentaram o Senhor. Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. Até pensava em acabar com sua raça, não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele, para impedir que sua ira os destruísse.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 15,21-28

Naquele tempo, Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada. - Palavra da Salvação.

Comentário: Na primitiva comunidade cristã, havia uma classe de cristãos, provenientes do judaísmo, cuja tendência era não se abrir para os pagãos. Acreditavam ser os destinatários exclusivos da Boa Nova cristã. Por conseguinte, os pagãos estariam excluídos do Reino anunciado por Jesus. Foi preciso combater esta rigidez, apelando para a sensibilidade do Mestre em relação à fé dos pagãos. O episódio da mulher Cananéia prestou-se bem para esta finalidade. A mulher pagã foi persistente no seu objetivo: a cura da filha atormentada por um demônio. Por isto, não se intimidou diante dos discípulos, nem de Jesus, até ver realizado o seu desejo. Nem a má vontade daqueles, nem a dureza das palavras do Mestre foram suficientemente fortes para fazê-la esmorecer. Os discípulos queriam ver-se livres daquela mulher importuna. Sua gritaria deixava-os irritados, a ponto de pedirem a Jesus que a mandasse embora. Não convinha que o pedido de uma mulher pagã fosse atendido por ele. Jesus, por sua vez, também deu mostras de relutar em atendê-la, até o ponto de usar o termo - cães -, com que os judeus costumavam chamar os pagãos. Mas, afinal, dobrou-se diante de uma fé evidente, tendo realizado o desejo da mulher pagã. Como Jesus, a comunidade cristã deveria deixar de ser inflexível em relação aos pagãos convertidos à fé, abrindo para eles as portas da comunidade. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) - Mártir - 09 de agosto

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

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Um comentário :

  1. Na verdade, Jesus sabia muito bem o que faria com a mulher. Jesus queria que a mulher fizesse uma demonstração de humildade e, por isso, humilhou a mulher. Ela, não se dobrando à soberba, obteve o que pleiteava e Jesus obteve o comportamento que pretendia ensinar aos seus.

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