Festa: SÃO BARTOLOMEU - Apóstolo e Mártir
Primeira Leitura: Apocalipse de São
João 21,9b-14
Um anjo falou
comigo e disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. Então me levou em espírito a uma montanha
grande e alta. Mostrou-me a cidade Santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto
de Deus, brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra
preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. Estava cercada por uma
muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e
nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. Havia três portas
do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três
portas do lado do ocidente. A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre
eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. - Palavra do Senhor.
Comentário: A introdução à visão da
esposa recorda deliberadamente a introdução à visão da prostituta da Babilônia.
As duas cidades são antítipos uma da outra. Grande parte das metáforas da
cidade também derivam de Ezequiel: a cidade no monte, de Ez 40,2; a cidade cheia
da Glória de Deus, de Ez 43, 2-4. A descrição das muralhas recorre
primordialmente a Ez 40,5; 48,31-35, embora outras descrições proféticas das
muralhas de Jerusalém também possam estar por trás dessa passagem. Guardas
angelicais aparecem em Is 62,6.10. As portas de Ezequiel representam as 12
tribos (Ez 48,31-34). Para o Apocalipse, os Doze são os apóstolos. O uso de
metáforas de Ezequiel mudou da descrição da mulher como noiva para as
características arquitetônicas que definem a cidade. (Comentário Bíblico / Edições
Loyola)
Salmo: 144(145),10-11.12-13ab.17-18
(R. cf. 12a)
Ó Senhor,
vossos amigos anunciem vosso reino glorioso!
Que vossas obras, ó
Senhor, vos glorifiquem, e os vossos Santos com louvores vos bendigam! Narrem a
glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! Para
espalhar vossos prodígios entre os homens, e o fulgor de vosso reino
esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em
geração! É justo o Senhor em seus caminhos, é Santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,45-51
Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse:
“Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus
de Nazaré, o filho de José”. Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?”
Filipe respondeu: “Vem ver!” Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou:
“Aí vem um
israelita de verdade, um homem sem falsidade”. Natanael perguntou:
“De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto
estavas debaixo da figueira, eu te vi”. Natanael respondeu: “Rabi, tu és o
Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Jesus disse: “Tu crês porque te disse:
Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” E Jesus
continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos
de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. - Palavra da Salvação.
Comentário: Os primeiros discípulos foram
obrigados a superar a barreira dos preconceitos para poder acolher Jesus como
Messias e se tornar seus seguidores. Natanael não podia aceitar que de Nazaré,
cidade mal-afamada, pudesse sair algo de bom, muito menos um Messias. A pecha
de nazaretano desdobrava-se num rosário de outras evocações tomadas como
negativas. Ele era pobre, de família sem prestígio, um indivíduo sem expressão
moral ou cultural. Enfim, um desclassificado. Pela insistência de Filipe,
Natanael se predispôs a ir ver Jesus. Seu preconceito contrastou com a ideia
altamente positiva que Jesus tinha a respeito dele. Jesus considerava-o um
israelita íntegro, sem dolo nem fingimento. Em outras palavras, um indivíduo em
cuja palavra se podia inteiramente confiar. O próprio Jesus confiou nele e lhe
fez uma solene revelação. A atitude de Jesus deixou Natanael desarmado,
levando-o a abrir mão de seus preconceitos. Numa atitude própria de discípulo,
Natanael reconheceu Jesus como um Rabi, ou seja, mestre, digno de veneração e
respeito. Reconheceu-o, também, como Filho de Deus, cuja origem superava as
possibilidades humanas, fazendo dele mais do que um simples filho de José da
Galiléia. Reconheceu-o, ainda, como Rei de Israel, o Messias que reavivaria a
esperança no coração do povo. Logo, de Nazaré também podia sair coisa boa. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
São Bartolomeu - Apóstolo e Mártir -
24 de agosto Festa
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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