Solenidade: NOSSA SENHORA APARECIDA -
Padroeira do Brasil
Primeira Leitura: Livro de Ester
5,1b-2; 7,2b-3
Ester revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no
vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava
sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. Ao ver a rainha
Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de
ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. Então,
o rei lhe disse: "O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda
que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida". Ester
respondeu-lhe: "Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu
agrado, concede-me a vida - eis o meu pedido! - e a vida do meu povo - eis o
meu desejo! - Palavra do Senhor.
Comentário: Enquanto os poderosos se
embriagam e se alienam em banquetes para sustentar o próprio poder, os
oprimidos se conscientizam e se preparam para agir, através da oração e do
jejum. Noutras palavras, sua necessidade e clamor chegam ao limite e os impelem
a tomar posição. As situações estão prestes a se inverter: através da fraqueza
os oprimidos (Ester), Deus começa a agir para quebrar a força dos poderosos e
derrotar o poder do inimigo. Enquanto isso, os oprimidos, mesmo ameaçados, não
se dobram diante do opressor. É a resistência dos oprimidos desmascarando a
"verdade" do opressor e acelerando os acontecimentos. O pedido e o
desejo de Ester são os mesmos de todo o povo: a vida. No entanto, para que
todos tenham vida é preciso denunciar a perversidade do sistema opressor, que
vende o povo para ser exterminado, morto e aniquilado. Além do mais, o que se
ganha, destruindo o povo? A atitude de Ester é exemplo ousado para qualquer
autoridade: ela arrisca a própria vida para salvar a vida do povo e a ele
servir. (Deus Único)
Salmo: 44(45),11-12a.12b-13.
14-15a.15b-16 (R. 11.12a)
Escutai,
minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
Escutai, minha
filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se
encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! O povo de Tiro
vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores. Majestosa, a
princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro. Em vestes
vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos
de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”.
Segunda Leitura: Livro do Apocalipse
de São João 12,1.5.13a.15-16a
Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol,
tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. E ela
deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de
ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. Quando viu que
tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que
tinha dado à luz o menino. A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás
da mulher, a fim de a submergir. A terra, porém, veio em socorro da mulher. -
Palavra do Senhor.
Comentário: A Mulher é um símbolo cheio
de significados: é Eva, a mãe da humanidade (cf. Gn 3,15-20); também o povo de
Israel (doze estrelas = doze tribos) assim como Sião, o resto do povo de Deus
que espera o Messias (Is 66,7). É também Maria enquanto mãe de Jesus e mãe dos
discípulos de Jesus (Jo 19,25-27), e o povo de Deus da nova Aliança (doze
estrelas = doze apóstolos). O dragão personifica o mal, inimigo de Deus.
Trata-se do egoísmo, orgulho e autossuficiência que deformam os indivíduos e os
grupos sociais. Ele é sanguinário (vermelho), tem pleno poder sobre os impérios
do mundo (sete cabeças e sete diademas), mas sua força é relativa e imperfeita
(dez chifres). Ele tem a pretensão de lutar contra Deus (estrelas do céu). Quer
devorar o Filho da Mulher, o Messias que veio para destruí-lo. O Filho é Jesus,
que nasce (ressurreição) para a glória e para dominar as nações, destruindo o
poder do dragão. O mal foi derrotado. Agora a situação do povo de Deus é como a
dos hebreus no deserto, libertados da escravidão: viverá no deserto até o fim da
história, em meio a perseguições e na intimidade com Deus. O mal não conseguiu
vencer Jesus; por isso agora persegue os cristãos seguidores de Jesus. Mas
estes são continuamente protegidos por Deus, até o final da história. É tempo
de perseguição (rio) mas, como no Êxodo, o povo de Deus não sucumbe. (Deus
Único)
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,1-11
Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus
estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido
convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe
disse: "Eles
não têm mais vinho". Jesus respondeu-lhe: "Mulher, por que
dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou". Sua mãe disse aos que
estavam servindo: "Fazei o que ele vos disser". Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a
purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos
cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: "Enchei as talhas de água".
Encheram-nas até a boca. Jesus disse: "Agora tirai e levai ao mestre-sala".
E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em
vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois
eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe
disse: "Todo
mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão
embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até
agora!" Este foi o início
dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galiléia e manifestou a sua
glória, e seus discípulos creram nele. - Palavra da Salvação.
Comentário: Embora o milagre em Caná focalize a pessoa de Jesus, a
de Maria tem também sua relevância. À primeira vista, sua presença, nas bodas,
tem apenas a função de explicar porque Jesus e seus discípulos estavam ali
presentes, como se o convite tivesse sido feito à família de Maria. Uma leitura
mais atenta, porém, revela a importância de sua atuação, no desenrolar do milagre.
Maria é quem percebe a situação constrangedora dos noivos, diante da iminência
de faltar vinho. Jesus é informado por meio dela, pedindo discretamente que
intervenha. A resposta de Jesus parece ser negativa, uma vez que lhe assegura
não ter chegado ainda a "hora" de se manifestar, publicamente, como
Messias. Sem abrir mão de seu intento, ela orienta os empregados a seguirem as
instruções de Jesus. Eles obedecem com inteira convicção. E o milagre
aconteceu. Maria fez Jesus antecipar sua "hora"! A piedade popular
soube captar muito bem esta virtude de Maria. Por este motivo, a tem como
intercessora por saber ser ela um caminho seguro para chegar até o Filho Jesus.
Sem dúvida, o momento mais importante da intervenção de Maria, no contexto do
milagre, foi quando orientou os garçons para que seguissem à risca as ordens de
Jesus. Resume-se, aqui, o ideal de sua vida: ver todas as pessoas aderindo,
pela fé, a seu Filho. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Nossa Senhora Aparecida “Padroeira do Brasil” - 12 de outubro
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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obrigado.
ResponderExcluirQuero agradecer, pela santa paciencia que tendes conosco utentes destas catequese, cada vez aprendemos mais convosco sobre a palavra divina. Força pra vós.