Memória: SANTO ANTÔNIO GALVÃO -
Presbítero
Primeira Leitura: Romanos 6,12-18
Irmãos, que o
pecado não reine mais em vosso corpo mortal, levando-vos a obedecer às suas
paixões. Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de iniquidade.
Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas vivas, isto é, como pessoas
que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros ao serviço de Deus como
armas de justiça. De fato, o pecado não vos dominará, visto que não estais sob
o regime da Lei, mas sob o regime da graça. Então, iremos pecar, porque não
estamos sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça? De modo algum! Acaso
não sabeis que, oferecendo-vos a alguém como escravos, sois realmente escravos
daquele a quem obedeceis, seja escravos do pecado para a morte, seja escravos
da obediência para a justiça? Graças a Deus que vós, depois de terdes sido
escravos do pecado, passastes a obedecer, de coração, aos ensinamentos, aos
quais fostes entregues. Libertados do pecado, vos tornastes escravos da
justiça. - Palavra do Senhor.
Comentário: Estar sem cadeias, sem saber
em que direção andar, sem meta que dê um sentido à caminhada, não é liberdade,
mas simples ausência de constrição ou espontaneidade. Não é livre aquele que
não obedece a ninguém, mas quem obedece a Deus. Em nossa adesão a Cristo, preso
à obediência ao Pai, encontramos nossa verdadeira liberdade. Cristo quis
plenamente e a fundo a vontade do Pai. Esta sua decisão é o lugar de maturação
de nossa liberdade. Esta não se reduz a um desejo adolescente de afirmar de
qualquer modo a própria personalidade. Deus é amor. Somente o sol do amor faz
amadurecer a liberdade, como qualquer realidade do homem. (Missal Cotidiano)
Salmo: 123,1-3. 4-6. 7-8
(R. 8a)
Nosso
auxílio está no nome do Senhor
Se o Senhor não
estivesse ao nosso lado, que o diga Israel neste momento; se o Senhor não estivesse
ao nosso lado quando os homens investiram contra nós, com certeza nos teriam
devorado no furor de sua ira contra nós. Então as águas nos teriam submergido,
a correnteza nos teria arrastado, e então, por sobre nós teriam passado essas
águas sempre mais impetuosas. Bendito seja o Senhor, que não deixou cairmos
como presa de seus dentes! Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe
armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos
libertar-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e
a terra!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12,39-48
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai
certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não
deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora
em que menos o esperardes”. Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou
para todos?” E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que
o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o
empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de
todos os seus bens. Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está
demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a
beber e a embriagar-se, o senhor
daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do
destino dos infiéis. Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu
conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. Porém, o
empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem
castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito
foi confiado, muito mais será exigido!” - Palavra da Salvação.
Comentário: A parábola do despenseiro
prudente e fiel é uma chamada de atenção para os líderes das comunidades
cristãs, na perspectiva da demora em consumar-se a segunda vinda do Senhor. O
despenseiro confiável corresponde ao líder que exerce a tarefa de coordenar a
comunidade, sem extrapolar os limites de suas atribuições. No trato com os
irmãos e as irmãs, sabe ser benevolente e justo, fraterno e solidário, equânime
e respeitoso. Ele não cede à tentação de sentir-se superior aos demais, nem de
fazer acepção de pessoas. Antes, exerce a liderança, consciente de estar a
serviço do Senhor, a quem deverá prestar contas. O despenseiro insensato
assemelha-se ao líder que tiraniza a comunidade, despreza as pessoas, e é
inescrupuloso no trato com elas. Comporta-se como se fosse o senhor de seus
semelhantes. Um senhor impiedoso e cruel! Os efeitos danosos de sua atitude são
imediatamente sentidos pela comunidade, a qual se dispersa, desanima, perde o
gosto de testemunhar sua fé. A reação do senhor diante das duas atitudes
contrastantes alerta para o destino de cada tipo de líder: quem é fiel receberá
a bênção divina, em forma de herança dos bens eternos. Sua fidelidade a um
projeto histórico torná-lo-á merecedor de um prêmio celeste. Já o líder tirano
será punido com severidade, recebendo a mesma sorte dos ímpios, ou seja, o
castigo eterno. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão -
25 de outubro
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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