Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe que Jesus Nazareno estava passando por ali. Então o cego gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: “Que queres que eu faça por ti?” O cego respondeu: “Senhor, eu quero enxergar de novo”. Jesus disse: “Enxerga, pois, de novo. A tua fé te salvou”. No mesmo instante, o cego começou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus. - Palavra da Salvação.
Amado (a) podemos começar nossa reflexão partindo do principio que a cegueira física apesar de ser um empecilho não pode ser vista como algo que nos atrofia, pois ela não nos impede de trabalhar e ter uma vida normal. Então de que cegueira fala Jesus no evangelho?
Vamos relacionar algumas, que tal começarmos com a cegueira do pecado, que nos afasta de Deus e dos irmãos; a cegueira da idolatria, onde colocamos coisas e pessoas no lugar de Deus; e a cegueira da mentira, que tem destruído a vida de tantos; já a cegueira dos vícios, como a bebida, o adultério, a pedofilia..., e muitos outros que se proliferam pelo mundo, destruindo matrimônios, assassinando a esperança de famílias inteiras. Como podemos notar a cegueira que realmente nos impede de caminharmos na estrada de Jesus, e com Jesus, é a cegueira da “alma”.
E aqui vem a pergunta: Como nos livrar dessa cegueira?
A história começa nos falando de “um cego que estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas”, amado (a), quantas pessoas hoje em dia encontram-se sentadas a margem da vida, cabisbaixas a mendigar migalhas, a implorar atenção, não enxergando que diante dela está um Deus esbanjador de misericórdia, sedento por nos acariciar e nos confortar, e mesmo assim, a cegueira do mundo cai sobre nos como uma nuvem espeça, que não nos permite ver um palmo diante dos olhos.
Mas um dia esse cego ouviu falar de Jesus, e ou contrario de muitos, ele não pensou duas vezes, não se deu conta de uma multidão que torcia contra ele, de pessoas que tentavam a todo custo privá-lo da felicidade.
Quantas vezes na minha e na sua vida, nos deparamos com pessoas desse tipo, que olham para nós e dizem, “não vai!”, “não adianta!”, “para o teu pecado não tem salvação”, “teu matrimônio, tua vida, não tem jeito”. Digo a você, “tem jeito sim”, nosso Deus é o Deus do impossível!
Diante da dor, diante da dificuldade, não podemos murmurar, não devemos blasfemar, ao contrario, temos que fazer como esse cego que “gritou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”, observe que ele não veio com uma oraçãozinha de meia, ele não se colocou diante do Salvador, de uma maneira melosa ou cheia de dedos, “não”, ele “gritou”, e quando mais o povo falava, mais ele “berrava”, achou esquisita a palavra, pois fique sabendo que muitas vezes vamos ter de agir assim. Já diz o dito “quem não chora não mama”.
Dom Bosco já dizia: “Se você quer poucas graças, visite poucas vezes Jesus no Santíssimo Sacramento. Se você quer muitas graças, visite muitas vezes o Senhor no Santíssimo Sacramento”.
A ideia é justamente essa, não adiante baixar a cabeça, fechar os olhos e esperar a morte chegar, “não”, na verdade temos é que dançar conforme a música, “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”, diante das tempestades da vida, ponha-se diante do Santíssimo e “grite”.
A palavra rema de hoje é “CLAMOR”, clame a Deus, pelas suas necessidades, da sua família, clame apara que o amor volte a reinar no seu matrimônio, na vida de seus filhos (as).
Lembre-se sempre de pedir a coisa certa, o cego pediu. E mais ainda, como disse Jesus, foi atendido porque teve “Fé”!
A nossa reflexão pessoal de hoje é o próprio Deus quem nos dá através do Salmo 90,15-16:
“Quando meu servo chamar, hei de atendê-lo, estarei com ele na tribulação. Hei de livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei longos dias”.
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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