Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” - São Marcos
Antífona: Salmo 17,19-20 O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama.
Oração do Dia: Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram da paz que desejais e vossa Igreja vos possa servir alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Eclesiástico 44,1.9-13
Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações. Outros não deixaram lembrança alguma, desaparecendo como se não tivessem existido. Viveram como se não tivessem vivido, e seus filhos também, depois deles. Mas estes, ao contrário, são homens de misericórdia; seus gestos de bondade não serão esquecidos. Eles permanecem com seus descendentes; seus próprios netos são a sua melhor herança. A descendência deles mantém-se fiel às alianças, e, graças a eles, também os seus filhos. Sua descendência permanece para sempre, e sua glória jamais se apagará. - Palavra do Senhor.
Comentário: Este elogio dos homens que foram grandes com Deus será retomado na epístola aos Hebreus (c.11) e permanece na memória que a Igreja faz dos mártires e Santos, que construíram sua história, a história mais profunda e verdadeira, a do homem com Deus. “Em seu dia natalício a Igreja proclama o mistério pascal realizado nos Santos que sofreram com Cristo e com ele são glorificados, e propõe aos fiéis o seu exemplo, que atrai todos ao Pai por meio de Cristo”. (SC 104)
A luta pela oração, pela vitória sobre si mesmos, por uma ardente bondade, por um amor puro, pela fidelidade conjugal, pela virgindade, paz e a paciência é a verdadeira vitória da Igreja. Também da história de nossa vida, o que em verdade permanecerá a história de nosso amor com relação a Deus e aos irmãos. (Missal Cotidiano)
Salmo: 149, 1-2. 3-4. 5-6a.9b (R.4a) O Senhor ama seu povo de verdade.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu rei!
Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.
Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 11,11-26
Tendo sido aclamado pela multidão, Jesus entrou, no templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. No dia seguinte, quando saiam de Betânia, Jesus teve fome. De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. Então Jesus disse à figueira: "Que ninguém mais coma de teus frutos". E os discípulos escutaram o que ele disse.
Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. Ele não deixava ninguém carregar nada através do templo. E ensinava o povo, dizendo: "Não está escrito: 'Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos'? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões".
Os sumos sacerdotes e os mestres da lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada como ensinamento dele. Ao entardecer; Jesus e os discípulos saíram da cidade.
Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. Pedro lembrou-se e disse a Jesus: "Olha, mestre, a figueira que amaldiçoaste secou". Jesus lhes disse: "Tende fé em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: 'Levanta-te e atira-te no mar', e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer; assim acontecerá. Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados". - Palavra da Salvação.
Comentários:
O Evangelho de hoje nos leva a questionar se a Igreja é para nós o local privilegiado para o encontro com Deus e o crescimento da fé ou é o local de práticas que têm por finalidade a nossa promoção pessoal, o lucro, a competição e a concorrência entre as pessoas, o desenvolvimento de sentimentos como ciúmes, rancor, raiva, ira, inveja, etc. A Igreja deve ser o local onde se cria comunhão entre nós e o próprio Deus e entre nós mesmos, como irmãos e irmãs. Tudo o que diverge disso não corresponde ao plano de Deus e faz com que a nossa presença na Igreja seja ocasião de pecado. (CNBB)
O episódio da figueira tem, à primeira vista, um quê de inexplicável. A maldição lançada sobre ela, por Jesus, parece não se justificar. Se não era tempo de figos, como ele esperava encontrar frutos? Estaria pretendendo que o ciclo natural daquela planta se adaptasse às suas exigências? Teria Jesus dado vazão a uma agressividade infantil? Estas questões são irrelevantes, diante do valor parabólico do relato. A figueira simboliza o povo de Israel. Jesus, o Filho enviado, contava com os frutos produzidos por este povo predileto de Deus. Encontrou-o, ao invés, na mais completa esterilidade. Foi o que também ficou patente, quando, certa vez, Jesus entrou no Templo. Aí se deparou com uma religião transformada em comércio, em exploração, sem nenhuma preocupação com a prática da misericórdia e da justiça. A casa de Deus fora profanada de maneira flagrante, e ninguém se levantava para pôr um basta nesta situação. Era possível esperar grandes coisas de um povo que agia desta maneira? E o que teria sentido Deus diante desta situação? Na teologia de Israel, a infidelidade era sempre punida. Fazer a figueira secar até à raiz apontava para o castigo a ser infligido ao Israel infiel, incapaz de dar os frutos esperados por Deus. Não foi Jesus o primeiro a tocar neste assunto. Antes dele, já os profetas haviam alertado o povo infiel para o castigo que lhe estava reservado. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Aparentemente Jesus comete uma injustiça, amaldiçoou uma planta que não tinha frutos mesmo sabendo que não era época de figos. Certo? Claro que não! A figueira foi o instrumento para denunciar o contra testemunho do Templo. Jesus visita o Templo e o que encontra é apenas muita pompa, muito luxo e nenhum fruto, não ver a semente da esperança, o tempo em que vivia os judeus era de espera, aguardavam a vinda do Messias, os sacerdotes tinham a obrigação de alimentar a fé do povo, infelizmente o que faziam era condenar e excluir. Os discípulos ao verem a figueira seca, ficam perplexos com o poder da palavra de seu Mestre. Jesus como sempre não perde a chance de catequizar, esclarece que se nos entregamos completamente à ação de Deus, se confiamos sem reservas, seremos capazes de realizar prodígios. Finaliza advertindo que todas as graças de Deus são operadas através da oração e do perdão. Somente um coração contrito e puro está apto a ser mensageiro da Boa Nova. (Ricardo Feitosa/Catequese Cristã Católica)
PRECES DA ASSEMBLEIA (Paulus):
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INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Universal: Cuidado pelos que sofrem - Para que, rejeitando a cultura da indiferença, cuidemos daqueles que sofrem, em particular os doentes e os pobres.
Pela Evangelização: Disponibilidade para a missão - Para que a intercessão de Maria ajude os cristãos em ambientes secularizados a disporem-se a anunciar Jesus.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
SANTO DO DIA:
Santa Úrsula Ledochowska - 29 de maio
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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