Memória: MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA
Prefácio próprio - Ofício da memória
Cor: Vermelho - Ano Litúrgico “B” - São Marcos
Antífona: Salmo 118,46-47 Diante dos reis falo da vossa aliança, sem temer a vergonha. Encontro alegria em vossos preceitos, porque muito os amo.
Oração do Dia: Ó Deus, quisestes que São João Batista fosse o precursor do nascimento e da morte do vosso Filho; como ele tombou na luta pela justiça e a verdade, fazei-nos também lutar corajosamente para testemunhar a vossa palavra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Profeta Jeremias 1,17-19
Naqueles dias, a palavra do Senhor foi-me dirigida: "Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles. Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze, contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te", diz o Senhor. - Palavra do Senhor.
Comentário: Quem veste longa túnica flutuante, a cinge (coloca o cinto) para o trabalho ou para a luta. Quando a perseguição cerca por fora, surgem por dentro os medos que paralisam; o profeta deve superá-los confiando em Deus. Se falhar na confiança, ficará invadido de medos que se multiplicam, como que atiçados por Deus. Três comparações expressivas: “praça-forte”, “coluna”, “muralha”: cairá a cidade, abrirão brecha na sua muralha, derrubarão suas colunas. O profeta resistirá: como? (Missal Cotidiano)
Salmo: 70(71),1-2.3-4a.5-6ab.15ab e 17 (R. 15a) Minha boca anunciará vossa justiça.
Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.
Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,17-29
Naquele tempo, Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado.
João dizia a Herodes: "Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão". Por isso, Herodes o odiava e queria matá-lo, mas não podia. Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galiléia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: "Pede-me o que quiseres e eu te darei".
E lhe jurou dizendo: "Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino". Ela saiu e perguntou à mãe: "O que vou pedir?" A mãe respondeu: "A cabeça de João Batista". E, voltando depressa para junto do rei, pediu: "Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista". O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Todos nós temos dificuldades para viver a radicalidade exigida pelo Evangelho e diversas vezes nos acovardamos diante das ameaças. Uma das maiores ameaças que sofremos hoje, quando procuramos viver o Evangelho, encontra-se no fato de que a sociedade ridiculariza todos aqueles que não fundamentam a sua vida nos valores do mundo. Mas isso também acontecia nos tempos de Jesus, como podemos perceber na narrativa da morte de João Batista e no julgamento do próprio Jesus. Mas nós não podemos ceder aos mecanismos que são usados pelo mundo moderno contra o Evangelho; devemos expor com coerência as verdades da nossa fé. (CNBB)
O relato do destino trágico de João Batista serve de lição para os discípulos de Jesus, no exercício da missão. A liberdade, que o Precursor demonstrou, deverá ser imitada por quem está a serviço do Reino, e se defronta com tiranos e prepotentes, que intimidam e querem calar quem lhes denuncia as mazelas. Prevalecendo-se de sua condição, Herodes seduziu a mulher do irmão para se casar com ela. João Batista não teve medo de enfrentá-lo, e dizer-lhe não ser permitido conservar como esposa, quem não lhe pertencia. Sua condição real não lhe dava o direito de praticar tamanha arbitrariedade. O profeta João sabia exatamente com quem estava falando. Ele um "zé ninguém", questionando uma autoridade estabelecida pelo imperador, com direitos quase absolutos sobre os cidadãos. Por isso, não lhe parecia errado atropelar o direito sagrado de seu irmão, de ter uma esposa. Por outro lado, todos conheciam muito bem o espírito violento da família de Herodes. Mesmo assim, João não hesitou em denunciá-lo publicamente. Quiçá não contasse com a ira de Herodíades, atingida também pela denúncia. Foi ela quem instigou Herodes a consumar sua maldade: decapitar a quem mandara lançar na prisão, por ter-lhe lançado em rosto o seu pecado. O testemunho de João Batista inspira a quem se tornou discípulo da verdade. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
INTENÇÕES PARA SANTA MISSA
FAÇA SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
SANTO DO DIA:
Memória Obrigatória
Martírio de São João Batista - 29 de agosto
INTENÇÕES PARA O MÊS DE AGOSTO:
Universal: Voluntários ao serviço dos necessitados - Para que aqueles que colaboram no campo do voluntariado se entreguem com generosidade ao serviço dos mais necessitados.
Pela Evangelização: Ir ao encontro dos marginalizados - Para que, saindo de nós mesmos, saibamos fazer-nos próximos daqueles que se encontram nas periferias das relações humanas e sociais.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica
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Não gostei da pintura apresentada, do sacerdote consagrando a hóstia. Ao invés de um Cristo glorificado apresenta-o pendurado no espaço e isso não representa a eucaristia. Convenhamos: não é de bom gosto! A outra pintura, a do túmulo vazio após a ressureição, também não pode satisfazer um fiel. Apresenta os panos jogados, péssima imaginação do artista, querendo representar o abandono do túmulo. Cristo deixou o túmulo com os panos dobrados em ordem, e não em desordem. Nós, os católicos, devemos aprender a prezar o que é certo e verdadeiro, mesmo que os prelados da Igreja assim não se comportem.
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