domingo, 3 de janeiro de 2016

Evangelho do Dia 09/01/2016 Sábado Ano “C” - São Lucas

Primeira Leitura: Primeira Carta de São João 5,14-21
Caríssimos: esta é a confiança que temos em Deus: se lhe pedimos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos, sabemos que possuímos o que havíamos pedido.

Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não conduz à morte, que ele reze, e Deus lhe dará a vida; isto, se, de fato, o pecado cometido não conduz à morte. Existe um pecado que conduz à morte, mas não é a respeito deste que eu digo que se deve rezar. Toda iniquidade é pecado, mas existe pecado que não conduz à morte.

Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca. Aquele que é gerado por Deus o guarda, e o Maligno não o pode atingir. Nós sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno. Nós sabemos que veio o Filho de Deus e nos deu inteligência para conhecermos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos com o Verdadeiro, no seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a Vida eterna. 

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. - Palavra do Senhor.

Comentário: Com seu convite à prece confiante (v.14), João acentua uma qualidade fundamental da oração: submeter nossa súplica ao beneplácito de Deus. A prece do cristão deve pedir sobretudo o perdão e a salvação dos pecadores (v.16). O Senhor quer; com efeito, "que o ímpio se converta de seu caminho e viva" (Ez 33,11). Totalmente inútil pedir "para o pecado que leva à morte" (v.16), próprio daquele que, conhecida a luz, prefere as trevas, rejeita a verdade, obstina-se no mal. É o pecado contra o Espírito Santo, de que fala Jesus, "que não terá perdão eternamente" (Mc 3,29). A referência ao pecado evoca no apóstolo a feliz realidade, o autêntico privilégio do cristão de "não pecar", porque "nascido de Deus" (v.18), com a condição de ser fiel à sua vocação, fugindo do mundo que "está sob o poder do maligno" (v.19). (Missal Cotidiano)

Salmo: 149, 1-2. 3-4. 5.6a.9b (R.4a) O Senhor ama seu povo, de verdade.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!

Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.

Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,22-30
Naquele tempo, Jesus foi com seus discípulos para a região da Judéia. Permaneceu aí com eles e batizava. Também João estava batizando, em Enon, perto de Salim, onde havia muita água. Aí chegavam as pessoas e eram batizadas. João ainda não tinha sido posto no cárcere.

Alguns discípulos de João estavam discutindo com um judeu a respeito da purificação. Foram a João e disseram: “Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão e do qual tu deste testemunho, agora está batizando e todos vão a ele”.

João respondeu: “Ninguém pode receber alguma coisa, se não lhe for dada do céu. Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. É o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela é completa. É necessário que ele cresça e eu diminua”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

A missão de Jesus não significa uma oposição ou uma concorrência com a missão de João Batista, antes a sua continuidade e o seu complemento. Assim é que devemos compreender a Igreja de hoje como uma Igreja Ministerial, na qual os diferentes ministérios não significam uma oposição entre si ou uma concorrência entre eles, relevando uma hierarquia entre os diferentes ministérios da Igreja, mas sim uma continuidade da missão do próprio Cristo e como realidades que se complementam na única e permanente missão da Igreja que é a evangelização, e isso só é possível quando buscamos criar uma verdadeira comunhão dentro da Igreja, como havia entre Jesus e João Batista. (CNBB)

Os discípulos de João Batista interpretaram a atividade messiânica de Jesus como sendo uma espécie de concorrência ao Mestre. É como se Jesus estivesse usurpando algo próprio de João Batista e ocupando o lugar dele. Coube a João Batista desfazer este mal-entendido e explicitar a relação entre ele e Jesus. O Batista jamais se apresentara como sendo o Messias. Sua missão consistia apenas em ser o Precursor dele. Sua relação com o Messias Jesus era comparada à do amigo com o esposo. Alegrava-se com a presença do esposo; dava-se por satisfeito sabendo que o Messias anunciado estava em ação e era bem aceito pelo povo. João Batista partia do pressuposto de que era hora de o Messias Jesus crescer e manifestar-se, o mais amplamente possível. Quanto a ele, João, podia dar por concluída sua tarefa e, portanto, cair no esquecimento. Esta decisão não lhe causava ressentimentos, porque tinha consciência de ter cumprido a sua missão. A humildade de João Batista encontrou correspondência na humildade de Jesus. Toda a sua ação apontaria para o Pai e visaria fazer o Reino de Deus resplandecer na História. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)



Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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