Prefácio da Epifania ou do Natal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano “C” - São Lucas
Antífona:
Salmo
117,26-27 - Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor, ele
nos ilumina.
Oração do Dia: Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa
carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante à nossa,
sejamos interiormente transformados por ele. Que convosco vive e reina, na
unidade do Espírito Santo. Amém.
Primeira
Leitura: Primeira Carta de São João 4,7-10
Caríssimos: amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de
Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama não chegou
a conhecer Deus, pois Deus é amor. Foi assim que o amor de Deus se manifestou
entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por
meio dele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele
que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos
pecados. - Palavra do Senhor.
Comentário: O amor do cristão para com os irmãos, que chega ao
heroísmo de perdoar e fazer o bem mesmo àqueles que nos fazem mal, a ponto de
dar por eles a vida como fez Jesus por nós, não pode provir da natureza humana,
repleta de egoísmo, que tende à afirmação do próprio eu e à defesa dos próprios
direitos. Tal amor encontra em Deus sua fonte fecunda e inexaurível (v.7);
compreende a fraqueza da criatura, quer libertar o homem da escravidão do
pecado e teve a sua manifestação mais alta na encarnação do Filho e em sua
morte na cruz por nós (v.9). "Deus demonstra seu amor para conosco pelo
fato de Cristo ter morrido por nós, quando ainda éramos pecadores" (Rm
5,8). Amor pede amor; mas para ser autêntico, mais que uma resposta
"vertical" de amor para com Deus, ele nos pede amor para com os
irmãos: "Nisto vos reconhecerão por meus discípulos, Se vos amardes uns
aos outros” (Jo 13,35; cf 1Jo 4,12-20). (Missal Cotidiano)
Salmo:
71 (72),
1-2. 3-4ab. 7-8 (R. Cf. 11) Os reis de toda a terra, hão de adorar-vos, ó
Senhor!
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo,
com equidade ele julgue os vossos pobres.
Das montanhas venha a paz a todo o povo,
e desça das colinas a justiça! Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos
dos humildes salvará.
Nos seus dias a justiça florirá e grande
paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e
desde o rio até os confins de toda a terra!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos, 6,34-44
Naquele tempo, Jesus viu uma numerosa multidão e
teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a
ensinar-lhes muitas coisas.
Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram
perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. Despede o povo
para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para
comer”. Mas Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram:
“Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?”
Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam:
“Cinco pães e dois peixes”.
Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama
verde, formando grupos. E todos se sentaram, formando grupos de cem e de
cinquenta pessoas. Depois Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os
olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos
discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois
peixes. Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos cheios de
pedaços de pão e também dos peixes. O número dos que comeram os pães era de
cinco mil homens. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
é o pastor segundo o coração de Deus, realizando assim a profecia de Jeremias,
e é também o próprio Deus que vem apara apascentar o seu povo, conforme nos diz
o profeta Ezequiel. Ele vem porque Deus tem compaixão do seu povo que está como
ovelhas que não têm pastor. Jesus é o pastor que alimenta o rebanho com a
palavra, ensinando-lhes muitas coisas, e com o alimento material, multiplicando
os pães e os peixes. Como continuadores da missão pastoral de Jesus, devemos
nós também dar a nossa contribuição para que o povo seja formado na fé, possa
lutar pela superação da miséria e da fome, e tenha condições de conhecer e
viver os valores do Reino de Deus. (CNBB)
Um
dos temas centrais da pregação e da vida de Jesus foi o da partilha. Sua vida
definiu-se como partilha contínua da palavra e do poder que lhe fora confiado
pelo Pai. Seu ensinamento consistia em comunicar aos ouvintes um tesouro de
sabedoria, levando-os a superar uma visão estreita e deturpada da Palavra de
Deus. E, ao operar milagres, partilha de vida, condividia, com as multidões, a
força vivificadora recebida do Pai. O milagre realizado em benefício de uma
multidão faminta que o escutava, numa região deserta, foi uma lição de
partilha. Os cinco pães e dois peixes eram uma porção insignificante de
alimento para uma quantidade tão grande de gente. Quem os possuía, foi
desafiado a colocá-los à disposição dos demais. Sem este gesto inicial de
partilha, não teria havido milagre. O grupo dos discípulos de Jesus também foi
desafiado a superar sua carência pessoal de alimento. E, assim, cada pessoa
recebeu um pedaço de pão. Se algum pedaço de pão tivesse caído em mãos
egoístas, aí o milagre deixaria de acontecer. O fato de serem cerca de cinco
mil homens os que comeram e de ter sobrado doze cestos cheios de pedaços de pão
e restos de peixe sublinha a infinita capacidade de partilha daquele grupo. Não
importa a quantidade de alimento disponível, quando a capacidade de partilha é
ilimitada. Problema é quando os bens deste mundo caem em mãos que não sabem
partilhar. (Padre
Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB / Missal
Cotidiano
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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