segunda-feira, 20 de junho de 2016

Liturgia Comentada do dia 23/06/2016 quinta-feira 12ª Semana Comum

Primeira Leitura: Segundo Livro dos Reis 24,8-17

Joaquim tinha dezoito anos quando começou a reinar e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Noestã, filha de Elnatã, de Jerusalém. E ele fez o mal diante do Senhor, segundo tudo o que seu pai tinha feito.

Naquele tempo, os oficiais de Nabucodonosor, rei da Babilônia, marcharam contra Jerusalém e a cidade foi sitiada. Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio em pessoa atacar a cidade, enquanto seus soldados a sitiavam. Então Joaquim, rei de Judá, apresentou-se ao rei da Babilônia, com sua mãe, seus servos, seus príncipes e seus eunucos. E o rei da Babilônia os fez prisioneiros. Isto aconteceu no oitavo ano de seu reinado. Nabucodonosor levou todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, havia fabricado para o templo do Senhor, conforme o Senhor havia anunciado. Levou para o cativeiro Jerusalém inteira, todos os príncipes e todos os valentes do exército, num total de dez mil exilados, e todos os ferreiros e serralheiros; só deixou a população mais pobre do país.  Deportou Joaquim para a Babilônia, e do mesmo modo exilou de Jerusalém para a Babilônia a rainha-mãe, as mulheres do rei, seus eunucos e todos os nobres do país. Todos os homens fortes, num total de sete mil, os ferreiros e os serralheiros em número de mil, todos os homens capazes de empunhar armas, foram conduzidos para o exílio pelo rei da Babilônia. E, em lugar de Joaquim, ele nomeou seu tio paterno, Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias. - Palavra do Senhor. 

Comentário: As deportações em massa são um fato doloroso em todos os tempos. Os povos erradicados conservam no coração a ferida aberta. Muda todo o quadro de vida. Desaparecem os mil pontos de referência que tornam familiar o ambiente em que se vive. Só perduram as relações “internas”. Se conseguirem força suficiente, podem encontrar motivo para um período de reflexão que pode ter resultados positivos. Foi dito que a independência das novas nações afro-asiáticas de nosso século amadureceu nos cárceres e campos de concentração. Para os cabeças da rebelião, este foi um período de forçada reflexão crítica. Ai foram delineados os planos que depois se desenrolaram, logo que o permitiram as condições externas. Também o evento catastrófico que feriu o povo eleito foi valorizado pelos profetas como período de fecunda, embora dolorosa reflexão. Nas provações, quando tudo desmorona em volta de nós, criam-se em nós possibilidades de renovação. A Escritura não transfere a responsabilidade de deportação a causas externa, ao inimigo Nabucodonosor. Este foi apenas instrumento. Na infidelidade dos chefes e dos que os seguiram é que esteve a raiz do mal. Talvez seja este um tema de reflexão também para nossos ambientes, nos quais se fala com demasiada facilidade da “maldade que nos oprime”, antes que de nossa infidelidade, que a provoca. (Missal Cotidiano)

Salmo: 78,1-2. 3-5. 8. 9 (R. 9b)

Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!
Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo, Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos.

Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera?

Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo. Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 7,21-29

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.

Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei. - Palavra da Salvação. - Palavra da Salvação.

Comentários:

O discípulo do Reino é convidado a aderir à mensagem de Jesus, de modo a deixá-la permear todos os meandros de sua existência e levá-lo a agir de maneira compatível com sua opção. Não basta uma aceitação puramente intelectual da mensagem. Nem, tampouco, limitar-se à profissão verbal da fé em Jesus. A condição de discípulo é expressa com a vida. Pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de sensatez. Uma vida assim alicerçada prepara o discípulo para enfrentar toda sorte de contradições e dificuldades, sem se deixar abalar. Embora seu modo de vida o transforme em alvo de seus adversários, nem por isso ele pensa em desanimar. Antes, continua impávido seu caminho. Não pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de insensatez. A condição de discípulo, neste caso, não passa de mera formalidade. Jesus não chega a ser realmente o Senhor de sua vida. Resultado, será incapaz de manter-se de pé quando sua fé for submetida à prova. Então, será revelada a fragilidade de sua opção pelo Reino. Jesus denunciou a existência de pessoas deste segundo tipo na comunidade cristã. Eles profetizavam, exorcizavam, faziam milagres em seu nome. Mas, ele mesmo declara desconhecê-los. Pelo fato de não se submeterem, realmente, à vontade do Pai do céu, seu agir aparentemente bom se tornava prática de iniquidade. Eles não eram discípulos. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Ouvir e praticar: uma receita de solidez. Quem se recusa a ouvir a Palavra de Deus, escolhe sua própria ruína. Mas quem ouve a Palavra e não a põe em prática, terá idêntico destino. Quando decidiram construir a usina nuclear de Angra dos Reis, RJ, escolheu-se o local que os indígenas chamvam Itaorna. E os técnicos (sempre eles!) não levaram em conta que, etimologicamente, esse nome significava “pedra podre”. Quando a edificação subiu, o terreno começou a ceder, exigindo um custo muito elevado na injeção de concreto para sustentar os alicerces. Jesus fala de duas casas: uma construída sobre a areia, outra sobre a rocha firme. Com os ventos e as chuvas da estação, a primeira desmoronou, enquanto a segunda ficava de pé. Com essas imagens, o Mestre quer mostrar que nossa vida não terá solidez sem os fundamentos de sua Palavra. Hoje, as famílias sofrem pesado ataque do demônio, que se vale da televisão para injetar nas artérias familiares as toxinas do consumismo, do hedonismo (busca do prazer sem freios), da mentira, da violência, do egoísmo e – por que não falar? – da futilidade. Especialmente nas novelas, todos os valores familiares são objeto de zombaria e de desprezo. Valores como fidelidade, virgindade, dedicação ao trabalho, sacrifício pelos outros, etc., são sistematicamente contestados. Ao mesmo tempo, estimula-se o homossexualismo, a esperteza dos ladrões de casaca, a rebeldia dos filhos e o direito ilimitado de seguir as próprias paixões. A coisa é tão clara e explícita, tão demoníaca, que deveríamos perguntar por que motivo os pais ainda ligam a TV para seus próprios filhos... É claro que a “palavra” do paganismo semeada pelos meios de comunicação está ocupando o lugar da Palavra de Deus em tantas famílias. Os responsáveis edificam sobre areia movediça. A catástrofe é questão de tempo. Quando o Edifício Palace 2 ruiu, no Rio, o responsável foi devidamente crucificado. Mas os pais que expõem seus filhos a esse cruel bombardeio de paganismo cometem um crime muito mais grave, comprometendo a salvação eterna daqueles que Deus lhes confiou. Até quando ficarão inconscientes? (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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