terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Liturgia Diária Comentada 01/01/2015 Quinta-feira

Oitava do Natal - 1ª Semana do Saltério
Solenidade: SANTA MÃE DE DEUS, MARIA
Prefácio de Nossa Senhora I - Ofício da Solenidade
Glória - Creio - Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” - São Marcos

Antífona: Sedúlio - Salve, ó santa mãe de Deus, vós destes à luz o rei que governa o céu e a terra pelos séculos eternos.

Oração do Dia: Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 

LEITURAS:

Primeira Leitura: Livro dos Números 6,22-27
O Senhor falou a Moisés, dizendo: "Fala a Aarão e a seus filhos: Ao abençoar os filhos de Israel, dizei-lhes: ‘O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!’ Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei". - Palavra do Senhor.

Comentário: O livro dos Números certifica aos sacerdotes levitas que, ao pronunciarem essa bênção, o nome de Deus estará sobre os filhos de Israel (6,27). Era nessa ocasião que os sacerdotes tinham a permissão de pronunciar o nome de Deus dentro do templo de Jerusalém. Com a destruição do Templo, o nome de Deus deixou de ser pronunciado e foi substituído pelo termo “Senhor”. “O SENHOR te abençoe e te guarde” (v. 24). “Abençoar”, na cultura de Israel, inclui almejar todo tipo de coisas boas, sejam materiais, sentimentais, sociais, espirituais. “Guardar” se refere à proteção de Deus. “Fazer resplandecer a face” (v. 25) significa lançar um olhar favorável. “Mostrar a face” (v. 26) quer dizer fixar a atenção em alguém com um propósito benevolente, em contraste com a angústia experimentada quando Deus esconde o rosto. O último pedido, para que Deus conceda a paz (shalom), é o mais importante de todos. Em hebraico, shalom significa muito mais que a ausência de conflitos, mas inclui todo tipo de bem-estar, entre os quais a salvação. Então, a bênção de Nm 6,22-27 nos apresenta Deus como um Pai bondoso que deseja dar tudo o que é bom ao ser humano, também a salvação, que é seu próprio Filho, Jesus.  (Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus)

Salmo: 66(67),2-3.5.6.8 (R. 2a) Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção.
Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho/ e a sua salvação por entre os povos.

Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações.

Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra!

Segunda Leitura: Carta de São Paulo aos Gálatas 4,4-7
Irmãos: Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá - ó Pai! Assim, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro: tudo isso por graça de Deus. - Palavra do Senhor.

Comentário: Paulo utiliza uma alegoria para falar sobre nossa participação na filiação divina. Na Antiguidade, ainda que potencialmente um menino fosse o herdeiro da família, não poderia exercer a plena liberdade e autonomia de um adulto enquanto não adquirisse a idade previamente estabelecida pelo pai. Em se tratando de um órfão, era comum o recurso a um curador (v. 2) ou tutor que representasse legalmente o menor até que este alcançasse a maioridade. Durante o período da menoridade, o herdeiro não usufruía totalmente da herança. Na alegoria de Paulo, algo semelhante se verificou com a humanidade antes da encarnação, morte e ressurreição de Jesus. Quando se completou o tempo previamente estabelecido pelo Pai, o Filho de Deus nasceu de uma mulher (tornou-se humano) para elevar a humanidade inteira à maioridade e pleno usufruto da herança eterna que é a filiação divina. Jesus nasceu submisso à Lei para redimir os que estavam sob a lei da menoridade e assim elevá-los a uma relação superior, a adoção de filhos com plenos direitos de cidadania no reino de Deus. Paulo afirma que o Espírito foi enviado após o Cristo. Isso significa que a Trindade está envolvida na realização da filiação divina do ser humano. É pelo Espírito do Ressuscitado que o cristão clama Abba. No idioma aramaico, a palavra Abba significa “Pai”. Jesus usava esse termo quando se referia a Deus, e agora também nós o podemos usar porque, pelo Espírito de Cristo, somos herdeiros de todas as bênçãos recapituladas na salvação integral do ser humano. (Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,16-21
Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração.

Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Assim que os anjos se afastaram dos pastores, eles foram para Belém a fim de conhecer o Salvador que havia nascido e, assim que o encontraram, passaram a anunciar a todos quem ele era. Deste modo. a presença do Salvador não ficou sendo apenas algo que os pastores ficaram sabendo, mas foram conhecê-lo pessoalmente, mostrando para nós que o conhecimento sobre Jesus não é suficiente para a nossa salvação, mas precisamos ir ao seu encontro para conhecê-lo pessoalmente e também nos tornar evangelizadores, mostrando a todos quem é Jesus, de modo que a sua salvação possa chegar a todos os cantos da terra. (CNBB)

Os fatos ocorridos em torno do nascimento de Jesus exigiram de Maria muita atenção. A acolhida do projeto divino – “Faça-se em mim segundo a tua palavra” – de modo algum proporcionou-lhe um conhecimento preciso e exaustivo do que estava para acontecer. O “sim” de disponibilidade exigiu dela jogar-se toda nas mãos de Deus e adaptar-se aos contínuos imprevistos preparados pelo mistério divino. As palavras dos pastores a respeito de Jesus pegaram-na de surpresa. Eles falavam das coisas maravilhosas comunicadas pelos anjos: o recém-nascido era o Salvador da humanidade, o Messias Senhor, motivo de grande alegria para todo o povo. Maria “observava tudo, guardando no coração o que ouvia”. Ela registrava na memória os fatos presenciados, buscando seu sentido profundo, para além das aparências. Com a ajuda do Espírito, esforçava-se para interpretar tudo quanto dizia respeito a seu filho, cuja missão salvífica começava a se esboçar, desde o seu nascimento. Portanto, a fé da Mãe de Deus foi pouco a pouco se consolidando. Embora “cheia de graça”, não deixou de se esforçar para captar cada pequeno sinal do desígnio de Deus para si e para seu filho. Não foi agraciada com conhecimentos excepcionais que lhe proporcionassem tranquilidade em relação ao mistério que a envolvia. A sua foi uma exigente vida de fé. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

PRECES DA ASSEMBLEIA (Paulus):

Vinde, Senhor, com vossa bênção.
1.    Senhor, vós que abençoastes o povo de Israel, vinde com vossa bênção sobre a Igreja, vos pedimos.
2.    Na plenitude dos tempos, viestes morar entre nós: ficai conosco e ensinai-nos a viver como vossos filhos e filhas, vos pedimos.
3.    Vós que destes a Nossa Senhora a plenitude da graça, concedei-nos a riqueza dos vossos dons, vos pedimos.
4.    Vós que viestes anunciar o evangelho, multiplicai os pregadores e ouvintes da vossa palavra, vos pedimos.
5.    Vós que nos deixastes o dom da paz, ajudai-nos a trilhar o caminho da vossa paz, vos pedimos.

INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:

Universal – Promover a paz: Para que as pessoas de diferentes tradições religiosas e todos os homens de boa vontade colaborem na promoção da paz.

Pela evangelização – Ano da vida consagrada: Para que neste ano dedicado à vida consagrada, as consagradas e os consagrados descubram a alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.

O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nasci­mento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.

Para a celebração

Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.

A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.

A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:

No domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;

26 de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27 de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28 de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;

os dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias facultativas;

no dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do santo nome de Jesus.

As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar do domingo.

Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.

Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.

Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:

os dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);

os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.

Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:

o de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo natalino;

o da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).

A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.

Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.

Fonte: CNBB / Missal Cotidiano

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
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