Tempo do Natal - 1ª Semana do Saltério
Memória: Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno –
Bispos e Doutores
Prefácio do Natal ou dos Pastores – Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Ezequiel 34,11.23 Velarei sobre as
minhas ovelhas, diz o Senhor; chamarei um pastor que as conduza e serei o seu
Deus.
Oração do Dia: Ó Deus, que iluminastes a vossa Igreja com o exemplo e a doutrina de são
Basílio e são Gregório Nazianzeno, fazei-nos buscar humildemente a vossa
verdade e segui-la com amor em nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Primeira Carta de São João 2,22-28
Caríssimos, quem é mentiroso, senão aquele que nega que
Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele
que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, também não possui o
Pai. Quem confessa o Filho, possui também o Pai.
Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o
princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis
com o Filho e com o Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
Escrevo isto a respeito dos que procuram desencaminhar-vos.
Quanto a vós mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece
convosco, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina tudo, e ela é
verdadeira e não mentirosa.
Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei
nele. Então, agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena
confiança, quando ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente afastados
dele, quando da sua vinda. - Palavra do Senhor.
Comentário: São João continua a alertar os discípulos contra os que negam
a Cristo e se opõem a seu plano de Salvação: "Quem é o mentiroso senão
aquele que nega ser Jesus o Cristo?" (versículo 22). Rejeitando a Jesus
como Filho de Deus, eles rejeitam também o Pai: "Todo aquele que nega o
Filho também não possui o Pai" (versículo 23). Jesus afirmara-o
claramente: "Eu e o Pai somos um só" (Jo 10,30), pondo em evidência a
intimidade e identidade de natureza e de vida entre Pai e Filho. Havia dito
antes: "Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou"
(Jo 5,23), e "Ninguém vai ao Pai senão pelo Filho" (Jo 14,6). A essa
intimidade, verdadeira comunhão de vida com Deus, são chamados todos os que
creem, na medida em que aceitam a verdade revelada. "Se permanecer em vós
o que ouvistes desde o princípio, também permanecereis no Filho e no Pai"
(versículo 24). Essa misteriosa, mas vital união com Deus é o início da
realização da "vida eterna", tantas vezes prometida por Jesus:
"Deus tanto amou o mundo que entregou seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16). (Missal Cotidiano)
Salmo:
97 (98),
1. 2-3ab. 3cd-4 (R.3a) Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso
Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a
vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação, e às
nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram a
salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e
exultai.
Evangelho
de Jesus Cristo segundo São João 1,19-28
Este foi o testemunho de João, quando os judeus
enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: "Quem és
tu?"
João confessou e não negou. Confessou: "Eu não
sou o messias". Eles perguntaram: "Quem és, então? És tu Elias?"
João respondeu: "Não sou". Eles perguntaram: "És o
profeta?" Ele respondeu: "Não". Perguntaram então: "Quem
és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que
dizes de ti mesmo?"
João declarou: "Eu sou a voz que grita no
deserto: 'Aplainai o caminho do Senhor' - conforme disse o profeta
Isaías". Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus e
perguntaram: "Por que então andas batizando, se não és o messias, nem
Elias, nem o profeta?"
João respondeu: "Eu batizo com água; mas no
meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não
mereço desamarrar a correia de suas sandálias". Isso aconteceu em Betânia
além do Jordão, onde João estava batizando -
Palavra da Salvação.
Comentários:
Sempre
que vemos uma pessoa fazendo o bem, corremos o risco de buscar saber se é
legitimo a pessoa fazer aquele bem quando, na verdade, deveríamos usufruir
daquele bem e procurar descobrir o amor de Deus que se torna manifesto em tudo
o que de bom acontece nas nossas vidas. É esse o caso do evangelho de hoje. Os
fariseus não querem usufruir do bem que Deus lhes concede por meio de João
Batista, mas enviam sacerdotes e levitas para averiguar se o que João está
fazendo é certo ou errado e se ele tinha autoridade para fazer o bem. (CNBB)
João
Batista teve sua parcela de colaboração no projeto de Deus, com uma tarefa
aparentemente simples: anunciar a chegada do Messias e predispor o povo para
acolhê-lo. Contudo, defrontou-se com sérias dificuldades. A maior delas tocava
sua identidade de Precursor. Sua figura ascética levava as pessoas a tomá-lo
por Messias. Ele, porém, se esforçava para explicar não ser o Cristo, nem
pretender sê-lo, reconhecendo-se apenas como uma voz clamando para que as
pessoas se preparassem para a vinda do Messias. João definia sua identidade
confrontando-se com o Messias, que ele nem conhecia. Tinha consciência da
superioridade daquele que viria depois dele. Por isso, na sua humildade,
reconhecia não ser digno nem mesmo de curvar-se para desatar-lhe as correias
das sandálias. Essa consciência mantinha-o livre da tentação de usurpar uma
posição que não lhe pertencia. O realismo de João não o impedia de realizar seu
ministério com simplicidade. Ele não era um concorrente do Messias. Não agia
por iniciativa própria; apenas fazia o que lhe fora pedido por Deus. Seu
compromisso com ele impedia-o de extrapolar os limites do seu ministério. Sua
figura só tinha importância por causa do Messias que estava para vir. Foi a
humildade de João que fez dele um grande homem, pois a verdadeira grandeza
consiste em reconhecer a própria indignidade diante do Pai e colocar-se a
serviço dele. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
PRECES DA ASSEMBLEIA
(Paulus):
Ficai
conosco, Senhor.
1.
Firmai, Senhor, na unidade a Igreja presente em
todo o mundo.
2.
Derramai vossa graça sobre todos os bispos,
presbíteros e diáconos.
3.
Livrai-nos das falsas doutrinas e fazei-nos mais
fiéis aos ensinamentos de Jesus.
4.
Dai-nos ser, ao longo de todo este ano,
instrumentos da paz e da reconciliação.
5.
Ajudai-nos a imitar as virtudes dos vossos santos
Basílio e Gregório.
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE JANEIRO:
Universal – Promover a paz: Para que as pessoas de diferentes
tradições religiosas e todos os homens de boa vontade colaborem na promoção da
paz.
Pela evangelização – Ano da vida
consagrada: Para que
neste ano dedicado à vida consagrada, as consagradas e os consagrados descubram
a alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento
histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nascimento à vida
divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se pudessem
tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que se
completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal já se
entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao Batismo
do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso
irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à
alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente
a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da vida divina
de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de Deus, que se
manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda
com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de
Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da
Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do
Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas natalinas
(meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa vespertina
"na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade
do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são indicados
como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
26 de
dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27 de
dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28 de
dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os dias 29,
30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também
memórias facultativas;
no dia 1º de
janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na
qual também se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas
acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do
domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2
de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois
da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro
cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a
solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de
preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme normas
particulares anexas a essa transferência.
Com a festa
do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo natalino e
principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto, omitem-se as
férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas
férias do Tempo natalino:
os dias 29,
30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio
para cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29
e 31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo
a coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
os dias de 2
de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o
Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração
eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
o de Natal
(com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do
Tempo natalino;
o da Epifania
diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa
do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das
vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Fique com Deus e
sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a
Santa Igreja Católica
CATEQUESE CRISTÃ
CATÓLICA - GRAÇA E PAZ
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