terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Liturgia Diária Comentada 02/01/2015 Sexta-feira

Tempo do Natal - 1ª Semana do Saltério
Memória: Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno – Bispos e Doutores
Prefácio do Natal ou dos Pastores – Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” – São Marcos

Antífona: Ezequiel 34,11.23 Velarei sobre as minhas ovelhas, diz o Senhor; chamarei um pastor que as conduza e serei o seu Deus.

Oração do Dia: Ó Deus, que iluminastes a vossa Igreja com o exemplo e a doutrina de são Basílio e são Gregório Nazianzeno, fazei-nos buscar humildemente a vossa verdade e segui-la com amor em nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 

LEITURAS:

Primeira Leitura: Primeira Carta de São João 2,22-28
Caríssimos, quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?  O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, também não possui o Pai. Quem confessa o Filho, possui também o Pai.

Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.

Escrevo isto a respeito dos que procuram desencaminhar-vos. Quanto a vós mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece convosco, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine.  A sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa.

Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei nele. Então, agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena confiança, quando ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente afastados dele, quando da sua vinda. - Palavra do Senhor.

Comentário: São João continua a alertar os discípulos contra os que negam a Cristo e se opõem a seu plano de Salvação: "Quem é o mentiroso senão aquele que nega ser Jesus o Cristo?" (versículo 22). Rejeitando a Jesus como Filho de Deus, eles rejeitam também o Pai: "Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai" (versículo 23). Jesus afirmara-o claramente: "Eu e o Pai somos um só" (Jo 10,30), pondo em evidência a intimidade e identidade de natureza e de vida entre Pai e Filho. Havia dito antes: "Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou" (Jo 5,23), e "Ninguém vai ao Pai senão pelo Filho" (Jo 14,6). A essa intimidade, verdadeira comunhão de vida com Deus, são chamados todos os que creem, na medida em que aceitam a verdade revelada. "Se permanecer em vós o que ouvistes desde o princípio, também permanecereis no Filho e no Pai" (versículo 24). Essa misteriosa, mas vital união com Deus é o início da realização da "vida eterna", tantas vezes prometida por Jesus: "Deus tanto amou o mundo que entregou seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16). (Missal Cotidiano)

Salmo: 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4 (R.3a) Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 1,19-28
Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: "Quem és tu?"

João confessou e não negou. Confessou: "Eu não sou o messias". Eles perguntaram: "Quem és, então? És tu Elias?" João respondeu: "Não sou". Eles perguntaram: "És o profeta?" Ele respondeu: "Não". Perguntaram então: "Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?"

João declarou: "Eu sou a voz que grita no deserto: 'Aplainai o caminho do Senhor' - conforme disse o profeta Isaías". Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus e perguntaram: "Por que então andas batizando, se não és o messias, nem Elias, nem o profeta?"

João respondeu: "Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias". Isso aconteceu em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando - Palavra da Salvação.

Comentários:

Sempre que vemos uma pessoa fazendo o bem, corremos o risco de buscar saber se é legitimo a pessoa fazer aquele bem quando, na verdade, deveríamos usufruir daquele bem e procurar descobrir o amor de Deus que se torna manifesto em tudo o que de bom acontece nas nossas vidas. É esse o caso do evangelho de hoje. Os fariseus não querem usufruir do bem que Deus lhes concede por meio de João Batista, mas enviam sacerdotes e levitas para averiguar se o que João está fazendo é certo ou errado e se ele tinha autoridade para fazer o bem. (CNBB)

João Batista teve sua parcela de colaboração no projeto de Deus, com uma tarefa aparentemente simples: anunciar a chegada do Messias e predispor o povo para acolhê-lo. Contudo, defrontou-se com sérias dificuldades. A maior delas tocava sua identidade de Precursor. Sua figura ascética levava as pessoas a tomá-lo por Messias. Ele, porém, se esforçava para explicar não ser o Cristo, nem pretender sê-lo, reconhecendo-se apenas como uma voz clamando para que as pessoas se preparassem para a vinda do Messias. João definia sua identidade confrontando-se com o Messias, que ele nem conhecia. Tinha consciência da superioridade daquele que viria depois dele. Por isso, na sua humildade, reconhecia não ser digno nem mesmo de curvar-se para desatar-lhe as correias das sandálias. Essa consciência mantinha-o livre da tentação de usurpar uma posição que não lhe pertencia. O realismo de João não o impedia de realizar seu ministério com simplicidade. Ele não era um concorrente do Messias. Não agia por iniciativa própria; apenas fazia o que lhe fora pedido por Deus. Seu compromisso com ele impedia-o de extrapolar os limites do seu ministério. Sua figura só tinha importância por causa do Messias que estava para vir. Foi a humildade de João que fez dele um grande homem, pois a verdadeira grandeza consiste em reconhecer a própria indignidade diante do Pai e colocar-se a serviço dele. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

PRECES DA ASSEMBLEIA (Paulus):

Ficai conosco, Senhor.
1.    Firmai, Senhor, na unidade a Igreja presente em todo o mundo.
2.    Derramai vossa graça sobre todos os bispos, presbíteros e diáconos.
3.    Livrai-nos das falsas doutrinas e fazei-nos mais fiéis aos ensinamentos de Jesus.
4.    Dai-nos ser, ao longo de todo este ano, instrumentos da paz e da reconciliação.
5.    Ajudai-nos a imitar as virtudes dos vossos santos Basílio e Gregório.

INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:

Universal – Promover a paz: Para que as pessoas de diferentes tradições religiosas e todos os homens de boa vontade colaborem na promoção da paz.

Pela evangelização – Ano da vida consagrada: Para que neste ano dedicado à vida consagrada, as consagradas e os consagrados descubram a alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.

O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nasci­mento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.

Para a celebração

Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.

A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.

A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:

No domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;

26 de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27 de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28 de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;

os dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias facultativas;

no dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do santo nome de Jesus.

As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar do domingo.

Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.

Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.

Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:

os dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);

os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.

Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:

o de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo natalino;

o da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).

A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.

Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.

Fonte: CNBB / Missal Cotidiano

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica

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