Semana da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Epifania ou do Natal - Ofício do dia do Tempo
do Natal
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Isaías 9,2 - O povo que andava nas trevas
viu uma grande luz; para ao que habitavam nas sombras da morte, uma luz
resplandeceu.
Oração do Dia: Ó Deus, luz de todas as nações, concedei aos povos da terra
viver em perene paz e fazei resplandecer em nossos corações aquela luz
admirável que vimos despontar no povo da antiga aliança. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Primeira Carta de São João 4,11-18
Caríssimos: se Deus nos amou assim, nós também devemos
amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos
outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado em nós. A
prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu
Espírito. E nós vimos e damos testemunho, que o Pai enviou seu Filho como
Salvador do mundo.
Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus
permanece com ele, e ele com Deus. E nós conhecemos o amor que Deus tem para
conosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com
Deus, e Deus permanece com ele.
Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em nós
termos plena confiança no dia do julgamento, porque, tal como Jesus, nós somos
neste mundo. No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o
temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à perfeição
do amor. - Palavra do Senhor.
Comentário: A vida cristã age em dupla
dimensão: vertical e horizontal. A primeira nos faz tomar consciência do amor
infinito do Pai que "mandou seu Filho como salvador do mundo" e quer
viver em nós. A perfeita união realiza-se particularmente na comunhão
eucarística: nossa carne, nosso sangue misturam-se à carne e ao sangue de Deus;
somos transformados e divinizados. "Não somos nós que transformamos Deus
em nós - afirma Santo Agostinho - mas somos transformados nele". A segunda dimensão do amor
fraterno, o amor aos irmãos, é uma consequência e um sinal do amor de Deus.
Também este aspecto da caridade fraterna tem sua plena realização na
Eucaristia: "Participando realmente do corpo do Senhor ao romper do pão
eucarístico, somos elevados à comunhão com ele e entre nós". Este amor
torna-se no cristão força transformadora e operativa, capaz de afugentar todo
temor. (Missal
Cotidiano)
Salmo:
71 (72),
1-2. 10-11. 12-13 (R. Cf. 11) As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó
Senhor!
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo,
com equidade ele julgue os vossos pobres.
Os reis de Társis e das ilhas hão de vir
e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá
hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo
e de todas as nações hão de servi-lo.
Libertará o indigente que suplica, e o
pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a
vida dos humildes salvará.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 6,45-52
Depois de saciar os cinco mil
homens, Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para
Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. Logo depois de se
despedir deles, subiu ao monte para rezar. Ao anoitecer, a barca estava no meio
do mar e Jesus sozinho em terra. Ele viu os discípulos cansados de remar,
porque o vento era contrário.
Então, pelas três da madrugada,
Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles.
Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma
e começaram a gritar. Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados.
Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!”
Então subiu com eles na barca, e
o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, porque não
tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido.
- Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus,
ao caminhar sobre as águas, revela aos seus discípulos que é Deus, isso porque,
segundo as Escrituras, somente Deus pode caminhar sobre o mar. Podemos ver isso
no livro de Jó: "Sozinho ele estende os céus e caminha sobre as alturas
dos mares" (Jó 9, 8) e no livro dos Salmos: "No mar abriste o teu
caminho, tua passagem nas águas profundas, e ninguém conseguiu conhecer os teus
rastros" (Sl 76, 20). A revelação da divindade de Jesus continua na mesma
passagem quando ele fala aos discípulos: "Coragem, sou eu! Não tenhais
medo!", atribuindo para si o mesmo nome que Deus atribuiu a si na passagem
da sarça ardente, quando revela o seu nome a Moisés. (CNBB)
A
vida humana é toda feita de luta. As circunstâncias podem variar, sendo mais
leves ou mais pesadas. Nossa capacidade de enfrentar os problemas pode ser
maior ou menor, dependendo do momento. As dimensões da luta também podem ser
diferentes. Uma coisa, porém, é certa: não é possível eliminar as crises, as
dificuldades e as provações. Os discípulos remando penosamente, no meio do mar
encapelado, são a imagem viva da realidade humana. Não há quem não experimente
medo e insegurança, numa situação assim. O fim parece aproximar-se veloz.
Parece impossível não sucumbir.
Existe,
entretanto, uma dimensão da realidade humana que se revela pouco a pouco. Para
além da tempestade, está Jesus orando e velando pela sorte de seus discípulos.
Ele não é insensível à sorte de seus amigos, nem se compraz em assistir,
impassível, a seu sofrimento, muito menos contemplá-los na iminência da morte.
Nos momentos de provação, Jesus vai ao encontro deles, uma vez que é o
dominador das forças que os atormentam. A gravidade dos problemas enfrentados
pelos cristãos leva-os, não raro, a se esquecerem da presença de Jesus junto de
si. Só ele pode oferecer segurança, nos momentos de dificuldade, quando tudo
parece ruir. Entretanto, é preciso cuidado para não nos agarrarmos a falsas
imagens de Jesus, e sim, discernir bem, para descobrir o verdadeiro companheiro
de luta. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
De
acordo com o relato de Marcos, os apóstolos não “captaram a mensagem”, ainda
não sabem quem é verdadeiramente Jesus, mesmo depois da multiplicação dos pães,
não O identificaram com Deus, parece que Ele continua sendo apenas uma pessoa
dotada de poderes para realizar grandes prodígios. Marcos inicia dizendo que
Jesus “obrigou” os discípulos a entrarem no barco, agora eu pergunto: eles não
queriam ir, pois não desejavam abandonar Jesus, ou estavam cheios de receio em
enfrentar os demônios do mar bravio? (recorde 4,35-38). Sem sombra de duvida
podemos afirmar que era a segunda opção, somente uma pessoa que não está em
sintonia com a Boa Nova para duvidar dos pores de Jesus, é necessária uma
ausência total de fé para olhar para Jesus e não reconhecê-Lo. Se você prestou
atenção o texto está bem claro, “Vendo-o caminhar sobre o mar, eles julgaram
que fosse um fantasma” (v.49). O texto não diz que eles viram um vulto, mas
sim, que viram o próprio Jesus. Como participar da implantação do Reino
acreditando que Jesus é a Boa Nova, sem antes nos libertarmos das amaras deste
mundo. Será que Jesus terá de passar toda a nossa vida afirmando: “sou Eu!”.
(Ricardo Feitosa)
PRECES DA
ASSEMBLEIA (Paulus):
Ouvi,
Senhor, a nossa súplica.
1.
Abençoai e protegei, Senhor, o papa, os bispos,
padres e diáconos.
2.
Fortalecei os religiosos e os ministros e agentes
de pastoral das comunidades.
3.
Renovai o amor, a fé e a esperança dos vossos
filhos e filhas.
4.
Guardai-nos em vossa paz e libertai-nos das falsas
seguranças.
5.
Abri nosso coração e nossa inteligência aos vossos
ensinamentos.
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE JANEIRO:
Universal – Promover a paz: Para que as pessoas de diferentes
tradições religiosas e todos os homens de boa vontade colaborem na promoção da
paz.
Pela evangelização – Ano da vida
consagrada: Para que
neste ano dedicado à vida consagrada, as consagradas e os consagrados descubram
a alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento
histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nascimento à vida
divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se pudessem
tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que se
completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal já se
entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao Batismo
do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso
irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à
alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente
a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da vida divina
de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de Deus, que se
manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda
com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de
Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da
Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do
Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas natalinas
(meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa vespertina
"na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade
do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são indicados
como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
26 de
dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27 de
dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28 de
dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os dias 29,
30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também
memórias facultativas;
no dia 1º de
janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na
qual também se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas
acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do
domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2
de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois
da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro
cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a
solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de
preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme normas
particulares anexas a essa transferência.
Com a festa
do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo natalino e
principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto, omitem-se as
férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas
férias do Tempo natalino:
os dias 29,
30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio
para cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29
e 31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo
a coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
os dias de 2
de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira ao
sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o
Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração
eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
o de Natal
(com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do
Tempo natalino;
o da Epifania
diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa
do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das
vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a
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CATEQUESE CRISTÃ
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