terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Liturgia Diária Comentada 10/01/2015 Sábado

Semana da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio da Epifania ou do Natal - Ofício do dia do Tempo do Natal
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” – São Marcos

Antífona: Gálatas 4,4-5 - Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, para que nos tornássemos filhos adotivos.

Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, pelo vosso Filho nos fizestes nova criatura para vós. Dai-nos, pela vossa graça, participar da divindade daquele que uniu a vós a nossa humanidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 

LEITURAS:

Primeira Leitura: Primeira Carta de São João 5,14-21
Caríssimos: esta é a confiança que temos em Deus: se lhe pedimos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos, sabemos que possuímos o que havíamos pedido.

Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não conduz à morte, que ele reze, e Deus lhe dará a vida; isto, se, de fato, o pecado cometido não conduz à morte. Existe um pecado que conduz à morte, mas não é a respeito deste que eu digo que se deve rezar. Toda iniquidade é pecado, mas existe pecado que não conduz à morte.

Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca. Aquele que é gerado por Deus o guarda, e o Maligno não o pode atingir. Nós sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno. Nós sabemos que veio o Filho de Deus e nos deu inteligência para conhecermos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos com o Verdadeiro, no seu Filho Jesus Cristo. Este é o Deus verdadeiro e a Vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. - Palavra do Senhor.

Comentário: Com seu convite à prece confiante, João acentua uma qualidade fundamental da oração: submeter nossa súplica ao beneplácito de Deus. A prece do cristão deve pedir sobretudo o perdão e a salvação dos pecadores. O Senhor quer; com efeito, "que o ímpio se converta de seu caminho e viva" (Ez 33,11). Totalmente inútil pedir "para o pecado que leva à morte", próprio daquele que, conhecida a luz, prefere as trevas, rejeita a verdade, obstina-se no mal. É o pecado contra o Espírito Santo, de que fala Jesus, "que não terá perdão eternamente" (Mc 3,29). A referência ao pecado evoca no apóstolo a feliz realidade, o autêntico privilégio do cristão de "não pecar", porque "nascido de Deus", com a condição de ser fiel à sua vocação, fugindo do mundo que "está sob o poder do maligno". (Missal Cotidiano)

Salmo: 149, 1-2. 3-4. 5.6a.9b (R.4a) O Senhor ama seu povo, de verdade.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!

Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.

Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca. Eis a glória para todos os seus santos.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,22-30
Naquele tempo, Jesus foi com seus discípulos para a região da Judéia. Permaneceu aí com eles e batizava. Também João estava batizando, em Enon, perto de Salim, onde havia muita água. Aí chegavam as pessoas e eram batizadas.

João ainda não tinha sido posto no cárcere. Alguns discípulos de João estavam discutindo com um judeu a respeito da purificação. Foram a João e disseram: “Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão e do qual tu deste testemunho, agora está batizando e todos vão a ele”.

João respondeu: “Ninguém pode receber alguma coisa, se não lhe for dada do céu. Vós mesmos sois testemunhas daquilo que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas fui enviado na frente dele’. É o noivo que recebe a noiva, mas o amigo, que está presente e o escuta, enche-se de alegria ao ouvir a voz do noivo. Esta é a minha alegria, e ela é completa. É necessário que ele cresça e eu diminua”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

A missão de Jesus não significa uma oposição ou uma concorrência com a missão de João Batista, antes a sua continuidade e o seu complemento. Assim é que devemos compreender a Igreja de hoje como uma Igreja Ministerial, na qual os diferentes ministérios não significam uma oposição entre si ou uma concorrência entre eles, relevando uma hierarquia entre os diferentes ministérios da Igreja, mas sim uma continuidade da missão do próprio Cristo e como realidades que se complementam na única e permanente missão da Igreja que é a evangelização, e isso só é possível quando buscamos criar uma verdadeira comunhão dentro da Igreja, como havia entre Jesus e João Batista. (CNBB)

Os discípulos de João Batista interpretaram a atividade messiânica de Jesus como sendo uma espécie de concorrência ao Mestre. É como se Jesus estivesse usurpando algo próprio de João Batista e ocupando o lugar dele. Coube a João Batista desfazer este mal-entendido e explicitar a relação entre ele e Jesus. O Batista jamais se apresentara como sendo o Messias. Sua missão consistia apenas em ser o Precursor dele. Sua relação com o Messias Jesus era comparada à do amigo com o esposo. Alegrava-se com a presença do esposo; dava-se por satisfeito sabendo que o Messias anunciado estava em ação e era bem aceito pelo povo. João Batista partia do pressuposto de que era hora de o Messias Jesus crescer e manifestar-se, o mais amplamente possível. Quanto a ele, João, podia dar por concluída sua tarefa e, portanto, cair no esquecimento. Esta decisão não lhe causava ressentimentos, porque tinha consciência de ter cumprido a sua missão. A humildade de João Batista encontrou correspondência na humildade de Jesus. Toda a sua ação apontaria para o Pai e visaria fazer o Reino de Deus resplandecer na História. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

PRECES DA ASSEMBLEIA (Paulus):

Vinde e auxiliai-nos, Senhor.
1.    Senhor, fazei resplandecer na Igreja a pobreza evangélica.
2.    Concedei a todas as pessoas e povos a liberdade e a paz.
3.    Conduzi ao caminho da salvação os que estão longe de vós.
4.    Iluminai nossos passos com a luz que brilhou para nós no batismo.
5.    Educai pais e padrinhos para a vida de oração com seus filhos e afilhados.

INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:

Universal – Promover a paz: Para que as pessoas de diferentes tradições religiosas e todos os homens de boa vontade colaborem na promoção da paz.

Pela evangelização – Ano da vida consagrada: Para que neste ano dedicado à vida consagrada, as consagradas e os consagrados descubram a alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.

O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nasci­mento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.

Para a celebração

Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.

A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.

A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:

No domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;

26 de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27 de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28 de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;

os dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias facultativas;

no dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do santo nome de Jesus.

As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar do domingo.

Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.

Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.

Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:

os dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);

os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.

Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:

o de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo natalino;

o da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).

A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.

Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.

Fonte: CNBB / Missal Cotidiano

Fique com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica

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