Festa: BATISMO DO SENHOR
Glória e Creio - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Próprio – Ofício da Festa
Cor: Branco - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Mateus 3,16-17 - Batizado o Senhor, os
céus se abriram e o Espírito Santo pairou sobre ele sob forma de pomba. E a voz
do Pai se fez ouvir: este é meu Filho muito amado, nele está todo o meu amor!
Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo o Cristo batizado no
Jordão e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declaraste solenemente vosso
Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito
Santo, perseverar constantemente em vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Livro do Profeta Isaías 42,1-4.6-7
Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se
compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das
nações. Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. Não
quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento
para obter a verdade. Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não
estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos.
Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão;
eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, para
abrires os olhos dos cegos, tirares os cativos da prisão, livrares do cárcere
os que vivem nas trevas”. - Palavra do Senhor.
Comentário: O Servo de Deus, nesse texto
de Isaías, é uma personificação de Israel, cuja missão era levar para as nações
a justiça e o direito. Isso significa que o povo de Israel estava destinado a
exteriorizar a justiça e o direito entesourados nas Sagradas Escrituras e fazer
deles um patrimônio das demais nações da terra. Essa missão deveria ser
realizada sem a utilização do poder tirânico, comum aos grandes impérios
mundiais; a influência de Israel sobre as nações deveria libertá-las da
cegueira espiritual e das trevas da idolatria. O Espírito de Deus, agindo no
Servo (Israel), possibilitaria a efetivação dessa missão – ou seja, a
transmissão das Sagradas Escrituras, até que estas fossem postas em prática por
todas as nações. As Sagradas Escrituras seriam o caminho para que os povos
chegassem até Deus. A releitura cristã desse texto bíblico viu em Jesus o pleno
cumprimento da vocação de Israel.
(Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj, Vida
Pastoral n.276, Paulus)
Salmo:
28(29),1a.2.3ac-4.3b.9b-10
(R.11b) Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!
Filhos de Deus, tributai ao Senhor,
tributai-lhe glória e poder! Dai-lhe a glória devida ao seu nome; adorai-o com
santo ornamento!
Eis a voz do Senhor sobre as águas, sua
voz sobre as águas imensas! Eis a voz do Senhor com poder! Eis a voz do Senhor
majestosa!
Sua voz no trovão reboando! No seu templo
os fiéis bradam: “Glória!” É o Senhor que domina os dilúvios, o Senhor reinará
para sempre!
Segunda
Leitura: Atos dos Apóstolos 10,34-38
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: “De fato,
estou compreendendo que Deus não faz distinção entre as pessoas. Pelo
contrário, ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a
nação a que pertença. Deus enviou sua palavra aos israelitas e lhes anunciou a
Boa Nova da paz, por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos.
Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judéia, a começar pela
Galiléia, depois do batismo pregado por João: como Jesus de Nazaré foi ungido
por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo
o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus
estava com ele”. - Palavra do Senhor.
Comentário: Pedro começou seu discurso na
casa de Cornélio (primeiro gentio convertido à fé cristã) reconhecendo as
intervenções divinas que o levaram a entender claramente como a salvação foi
destinada a todos os povos. Pedro deu-se conta de que Deus não faz distinção de
pessoas. Esse foi um grande passo na compreensão humana da revelação divina.
Que Deus ama todas as pessoas e deseja ser adorado por todas as gentes já
estava claro para os seguidores de Jesus. Mas até aquele momento se pensava
que, se um gentio quisesse seguir Jesus, deveria primeiramente converter-se ao
judaísmo para depois ter acesso à salvação. O discurso na casa de Cornélio
mostra que Pedro chegou à conclusão de que a mensagem e obra de Jesus estão
destinadas a todos sem exceção. Digna de destaque é a afirmação de que Deus
ungiu Jesus “com o Espírito Santo e com poder”: isso significa a chegada do
reino de fraternidade e paz a todos os povos. Os milagres e exorcismos
realizados sob a unção do Espírito do Cristo ressuscitado são sinais que
atestam a instauração desse reino na história. (Aíla Luzia
Pinheiro Andrade, nj, Vida Pastoral n.276, Paulus)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,7-11
Naquele tempo, João pregava,
dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de
me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos
batizará com o Espírito Santo”. Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da
Galiléia, e foi batizado por João no rio Jordão. E logo, ao sair da água, viu o
céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. E do céu veio uma
voz: “Tu és o
meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”. - Palavra da Salvação.
Comentário:
O batismo de Jesus, no Jordão, pode parecer, à
primeira vista, inútil. Afinal, eram os pecadores os que procuravam o batismo
de João, para redimir-se de seus pecados, na perspectiva da iminente chegada do
Messias. Por um lado, Jesus não era pecador. Por outro, ele era o Messias, cuja
ação havia de revolucionar a história humana. Como justificar, então, seu
batismo? A vinda do Messias Jesus tinha como finalidade oferecer aos pecadores
a salvação. Este seria o público privilegiado de sua ação. Quando, no início de
seu ministério, dirigiu-se para o lugar onde João estava batizando, Jesus foi
colocar-se exatamente onde se encontravam os que viera para salvar. Em torno de
João, reuniam-se pessoas conscientes de seus pecados e desejosas de se verem
livres deles. Jesus foi ao encontro delas, pois haveria de livrá-las,
definitivamente, do peso de seus pecados, anunciando-lhes o advento do Reino de
Deus. O Messias, porém, escolheu o caminho da solidariedade com os pecadores e
se colocou junto deles como salvador, não como juiz. Ao se fazer um com eles,
embora não sendo pecador, possibilitou que a graça tivesse lugar na vida
daquela gente. Foi assim que, no batismo, o Filho amado de Deus iniciou sua
missão. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
PRECES DA
ASSEMBLEIA (Paulus):
Confirmai-nos,
Senhor, no vosso Espírito.
1.
Cristo, enviado do Pai, enviai sobre nós e sobre a
Igreja vosso Espírito Santo, vos pedimos.
2.
Cristo, servo de Deus, chamai pessoas generosas
para o serviço do vosso reino, vos pedimos.
3.
Cristo, doador da paz e de todo bem, animai a todos
a vos buscar e abrir-se à vossa salvação, vos pedimos.
4.
Cristo, Filho bem-amado, abençoai e protegei todas
as mães, os pais e seus filhos, vos pedimos.
5.
Cristo jovem, olhai pelo 11º Encontro Nacional da
Pastoral da Juventude, que se inicia no próximo domingo em Manaus, para que
seja momento rico de partilha da vida, do pão e da utopia, vos pedimos.
INTENÇÕES PARA O
MÊS DE JANEIRO:
Universal – Promover a paz: Para que as pessoas de diferentes
tradições religiosas e todos os homens de boa vontade colaborem na promoção da
paz.
Pela evangelização – Ano da vida
consagrada: Para que
neste ano dedicado à vida consagrada, as consagradas e os consagrados descubram
a alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento
histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nascimento à vida
divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se pudessem
tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que se
completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal já se
entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao Batismo
do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de nosso
irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à
alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente
a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da vida divina
de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de Deus, que se
manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à solidariedade profunda
com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de
Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da
Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do
Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas natalinas
(meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa vespertina
"na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade
do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são indicados
como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
26 de
dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27 de
dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28 de
dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os dias 29,
30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também
memórias facultativas;
no dia 1º de
janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na
qual também se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas
acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do
domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2
de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois
da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro
cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a
solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de
preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme normas
particulares anexas a essa transferência.
Com a festa
do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo natalino e
principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto, omitem-se as
férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas
férias do Tempo natalino:
os dias 29,
30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio
para cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29
e 31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo
a coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
os dias de 2
de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o
Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração
eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
o de Natal
(com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do
Tempo natalino;
o da Epifania
diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa
do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das
vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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