4ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona:
Salmo 105,47 - Salvai-nos,
Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que
celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor.
Oração do Dia: Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e
amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Primeiro Livro dos Reis 2,1-4.10-12
Aproximando-se o
fim da sua vida, Davi deu estas instruções a seu filho Salomão: “Vou seguir o
caminho de todos os mortais. Sê corajoso e porta-te como um homem. Observa os
preceitos do Senhor, teu Deus, andando em seus caminhos, observando seus
estatutos, seus mandamentos, seus preceitos e seus ensinamentos, como estão
escritos na lei de Moisés. E assim serás bem sucedido em tudo o que fizeres e
em todos os teus projetos. Então o Senhor cumprirá a promessa que me fez,
dizendo: 'Se teus filhos conservarem uma boa conduta, caminhando com lealdade
diante de mim, com todo o seu coração e com toda a sua alma, jamais te faltará
um sucessor no trono de Israel”.
E Davi adormeceu
com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. O tempo que Davi reinou em
Israel foi de quarenta anos: sete anos em Hebron e trinta e três em Jerusalém.
Salomão sucedeu no trono a seu pai Davi e seu reino ficou solidamente
estabelecido. - Palavra do Senhor.
Comentário: A fidelidade do rei como
sinal e garantia do povo diante do seu Deus: eis a recomendação-testamento de
Davi. Efetivamente, é grande o peso da mentalidade e do exemplo, dos projetos e
das possibilidades concretas de realização de quem tem autoridade; paralelamente,
é grande sua responsabilidade diante de Deus e dos homens. Um sacerdote, um
educador; um cristão engajado e consciente disto, enfrenta sua tarefa com
coragem, mas também com tremor. É verdade que, habitualmente, a história é
escrita à luz dos documentos e ações dos poderosos: e a da Igreja não constitui
exceção. Mas uma história mais verídica leva em conta cuidadosamente o povo,
através do testemunho dos costumes, da prática religiosa, dos objetos de uso
familiar e cultual. Que sabemos afinal da obscura fidelidade a Deus do povo da
aliança, do Antigo como do Novo Testamento? Enquanto se sucediam como seus
guias reis e sacerdotes, papas e pastores, ora bons, ora muito apegados ao
dinheiro ou ao poder; os discípulos dos profetas, os pobres de Javé, os padres
do deserto, os seguidores de são Francisco e as irmãs de caridade mantinham a
fé na aliança e no evangelho e preparavam obscuramente um futuro melhor. Mas
também vice-versa, que renovação, oculta e visível, de fé e de amor não
trouxeram papas como são Pio X e João XXIII à Igreja e ao mundo! (Missal
Cotidiano)
Salmo:
1Cr 29,10.
11ab. 11d-12a. 12bcd (R. 12b) Dominais todos os povos, ó Senhor.
Bendito sejais vós, ó Senhor Deus,
Senhor Deus de Israel, o nosso pai. desde sempre e por toda a eternidade!
A Vós pertencem a grandeza e o poder
toda a glória, esplendor e majestade,
A vós, Senhor, também pertence a
realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais! Toda glória e riqueza vêm
de vós!
Sois o Senhor e dominais o universo, cem
vossa mão se encontra a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo
cresce!
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,7-13
Naquele tempo, Jesus chamou os doze e começou a
enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes
que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola,
nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem
duas túnicas.
E Jesus disse ainda: “Quando
entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. Se em algum lugar não vos
receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como
testemunho contra eles!” Então os doze partiram e pregaram que todos se
convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes,
ungindo-os com óleo. - Palavra da
Salvação.
Comentários:
Quem
é verdadeiramente discípulo de Jesus não deve pensar em si próprio, mas deve
viver em função das outras pessoas, preocupar-se com os seus problemas e
necessidades, ir ao encontro de todos para levar o Evangelho, a motivação para
a conversão e a esperança de uma vida melhor. Nós fomos enviados por Jesus para
realizar essa missão. Não devemos levar nada que seja para nós, além do que
seja estritamente necessário, pois não devemos nos preocupar com o nosso bem
estar, mas sim com o dos nossos irmãos e irmãs. Somente com este espírito é que
podemos participar da obra evangelizadora de Cristo. (CNBB)
Desde
o início, os apóstolos foram alertados para contar com contrariedades, no
desenrolar da missão. Esta chamada de atenção foi importante para que não
ficassem frustrados diante dos insucessos. Os apóstolos do Reino precisam ser
realistas. A missão não está encerrada, só por que alguns se mostram
refratários à pregação. A reação do apóstolo deve ser seguir adiante, sem
deixar esmorecer seu zelo missionário. Seria incorreto lançar impropérios
contra os que não acolhem o missionário. Seria igualmente incorreto desejar
para eles o castigo divino. Foi o que aconteceu, quando os discípulos pediram
que Jesus mandasse fogo do céu para consumir os samaritanos que não lhes deram
acolhida. O Mestre, porém, proibiu-lhes todo tipo de represália. Aconselhava-os,
no entanto, a fazer um gesto simbólico, caso não fossem acolhidos: sacudir o pó
das sandálias, em sinal de protesto. Era o que os judeus costumavam fazer,
quando regressavam à Palestina, depois de terem tido contato com cidades pagãs.
Esse gesto continha dois significados possíveis: os que se recusam a acolher os
apóstolos assemelham-se aos pagãos, e não pertencem ao verdadeiro Israel; os
apóstolos não tem mais responsabilidade quanto ao destino do povo daquelas
cidades, cuja poeira não querem levar consigo. Seguindo em frente, os apóstolos
recomeçam a missão, sem nunca desanimar. (Padre
Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Jesus
começa a revelar que a missão de levar a Boa Nova é também dever nosso, e nos
envia em pares justamente para valorizar o serviço comunitário, a solidariedade
de apoio mutuo e não a autopromoção por parte do missionário. Instrui para levar
só o essencial sinalizando que a nossa segurança não deve ser colocada no apoio
financeiro ou na logística, e sim na providência Divina, devemos ser livres
para propagar o Evangelho sem a necessidade de darmos satisfação aos nossos
patrocinadores. Não devemos fazer ostentação para não ferir o humilde. “Na casa
em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes dali” v.10, mais uma vez é
levantada a bandeira do viver em comunidade, o discípulo permanecer em uma
residência não se deve ao fato de uma boa acolhida, mas para que o local seja
visto como ponto de encontro para a vizinhança. Interessante que a colocação
seguinte de Jesus traz duas mensagens. “Se em algum lugar não vos receberem nem
vos escutarem, saí dali e sacudi o pó dos vossos pés...” v.11. O primeiro
alerta é dirigido à comunidade que por vontade própria excluiu-se da graça de
Deus. Recordemos: “todo aquele que der testemunho de Mim diante dos homens,
também Eu darei testemunho dele diante do meu Pai” (Mt 10,32), ou seja, a
rejeição não vem da vontade de Jesus, mas é o próprio ser humano que vira as
costas para o projeto de Deus, impossibilitando que o perdão salvador se
realize em sua vida. Desta vez o alerta é dirigido ao discípulo, a todo aquele
que resolve tomar a sua cruz e seguir Jesus. No processo de evangelização não
podemos guardar magoa, rancor, não devemos nos aborrecer com aquele que não
comunga da nossa verdade, a docilidade para com o descrente deve ser a marca
registrada do Cristão. O v.13 esclarece que a nossa evangelização não deve
ficar apenas na teoria, deverá existir também um serviço. - (Ricardo e Marta)
SANTO DO DIA
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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Fique com Deus e sob a
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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