domingo, 3 de abril de 2016

Liturgia Diária Comentada 03/04/2016 2º Domingo da Páscoa

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA
2ª Semana da Páscoa - 2ª Semana do Saltério
Prefácio pascal I - Ofício próprio - Glória e Creio
Cor: Branco - Ano “C” Lucas

Antífona: 1Pd 2,2 Como crianças recém-nascidas desejem o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia!

Oração do Dia: Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 5,12-16
Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no Pórtico de Salomão. Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles. A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados. - Palavra do Senhor. 

Comentário: O terceiro retrato mostra como a ação de Jesus ressuscitado continua na prática da comunidade cristã. Esta realiza a ação que liberta da alienação a consciência (espíritos maus). Consequentemente, liberta os corpos oprimidos (doenças). A sombra de Pedro relembra a própria ação de Deus protegendo o povo no tempo do Êxodo. Favorecido, o povo acolhe e adere à ação da comunidade; "outros" (v.13) temem o poder das autoridades e não se atrevem a pertencer a esse grupo inovador. (deusunico.com)

Salmo: 117(118),2-4.22-24.25-27a(R.1) Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! 'Eterna é a sua misericórdia!'
A casa de Israel agora o diga: "Eterna é a sua misericórdia!" A casa de Aarão agora o diga: "Eterna é a sua misericórdia!" Os que temem o Senhor agora o digam: "Eterna é a sua misericórdia!"

"A pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!

Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Desta casa do Senhor vos bendizemos. Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!

Segunda Leitura: Livro do Apocalipse de São João 1,9-11a.12-13.17-19
Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no reino e na perseverança em Jesus, fui levado à ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus. No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, a qual dizia: “O que vais ver, escreve-o num livro”. Então voltei-me para ver quem estava falando; e ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro. No meio dos candelabros havia alguém semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma faixa de ouro em volta do peito.

Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos. Escreve pois o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”. - Palavra do Senhor.

Comentário: Esta primeira visão é o motor de tudo o que virá a seguir. A situação de João mostra que os cristãos, por darem testemunho, sofrem perseguição (tribulação), mas já participam da vitória do Ressuscitado (realeza) e, por isso, perseveram na fé e no testemunho. João vê Jesus presente e agindo dentro da vida das comunidades (candelabros), que irradiam para todo o mundo a presença de Cristo ressuscitado. Ele é o Filho do Homem, o enviado de Deus para realizar o julgamento e instaurar o Reino (cf. Dn 7,13). Jesus é o único mediador entre Deus e as comunidades: é sacerdote (túnica), rei (cinto de ouro), divino (cabelos brancos), tem a ciência de Deus para penetrar tudo (olhos de fogo), é firme (pés de bronze) e poderoso (voz como as águas). As sete estrelas são os chefes (anjos) das comunidades, a espada com dois cortes é o Evangelho que julga a Igreja e o mundo. O rosto brilhante como o sol relembra a transfiguração (cf. Mt 17,2). João personifica as comunidades com medo das perseguições (como morto). Mas o Ressuscitado, presente na Igreja, traz tranquilidade e segurança, porque é o Senhor da história (Primeiro e Último) e o Senhor da vida (tem as chaves da morte e da morada dos mortos). A missão de João é escrever o livro do Apocalipse para toda a Igreja. (deusunico.com)

Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-31
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.

Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”

Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.  - Palavra da Salvação.

Comentários:

O evangelista João escreve este texto especialmente para as comunidades cristãs que já não tinham conhecido nenhum dos doze apóstolos. Sentiam dificuldade em acreditar na ressurreição de Jesus. Desejavam, como muitos de nós ainda hoje, divisar, tocar, averiguar se realmente o Senhor ressuscitara. Interrogavam-se se haveria provas de que Ele estava efetivamente vivo e, se assim era, por que razão não tornara a aparecer. João quis dizer aos cristãos da sua comunidade (e a nós) que todos os apóstolos tiveram os seus momentos de dúvida, e não só Tomé. O seu caminho da fé foi moroso e complicado, embora Jesus lhes tivesse dado tantos sinais para demonstrar que estava vivo e que era o sinal da misericórdia divina para com a Humanidade. Tomé é o símbolo destas dificuldades vividas por todos eles e também por nós. Não se pode ter fé naquilo que se vê. Não se podem ter provas científicas da ressurreição. Se alguém quer ver, tocar, reconhecer, deve renunciar à fé. Quem possui a garantia da certeza, tem a prova indiscutível dum facto, mas não a fé. Nós pensamos: «eles foram felizes porque viram». Mas Jesus diz que felizes são os que não viram, pois a sua fé é mais genuína, mais efetiva, ou melhor, é a única fé pura. Ambas as aparições de Jesus, relatadas no Evangelho de hoje, são feitas aos mesmos, num espaço de oito dias quando eles se encontravam reunidos em casa, ao «domingo». É nessa ocasião que Ele mostra os sinais da sua Paixão e se apresenta com as palavras: «A Paz esteja convosco», como sinal evidente de que viera derramar «a vaga benéfica da Misericórdia Divina», como afirmou João Paulo II. O encontro a que João alude é a comunidade que se reúne ao domingo, no «dia do Senhor», para celebrar a Eucaristia. Quando nós, os crentes, estamos reunidos é possível repetir a experiência que os apóstolos tiveram no dia de Páscoa. Cristo, pela boca do celebrante, também nos saúda: «A Paz esteja convosco!». E, se Tomé conseguiu pronunciar a sua profissão de fé «depois de ter ouvido» a voz do Ressuscitado, juntamente com os irmãos da comunidade, essa possibilidade também nos é concedida a todos nós a cada «oito dias»… Esta profissão de fé deve ser repetida amiudadamente por nós através de gestos concretos. (presbiteros.com.br)

As portas fechadas por medo dos judeus simbolizavam a situação crítica vivida pela comunidade cristã, quando da morte de Jesus. Como as portas do local, também estavam fechadas as portas das inteligências e dos corações dos discípulos. O medo era fruto da falta de fé, e esta carência, da incapacidade de aceitar a ressurreição do Senhor como um fato consumado, que eliminava qualquer dúvida ou suspeita. A incredulidade deixara-os confusos, sem rumo, bloqueados pela perplexidade diante da morte do Mestre. Foi preciso uma intervenção enérgica do Mestre para arrancá-los dessa lastimável situação. E a ação do Senhor foi progressiva: fez-se presente no lugar em que se encontravam, mesmo estando fechadas as portas, como se as estivesse escancarando; exortou-os a recobrar a paz interior, deixando de lado os sentimentos negativos que agitavam seus corações; fez-lhes compreender que estavam diante do mesmo Jesus que fora crucificado - as marcas nas mãos e no lado não davam margem para dúvidas -; finalmente, comunicou-lhes o Espírito Santo e os enviou em missão. O medo e o consequente ensimesmar-se têm sido, ao longo dos séculos, a grande tentação dos discípulos de Jesus. A hostilidade do mundo somada à precariedade da fé explicam esta atitude. É mister deixar que o Ressuscitado rompa as barreiras  e nos envie em missão, com a força do Espírito. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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