terça-feira, 17 de maio de 2016

Liturgia Diária Comentada 17/05/2016 Terça-feira

7ª Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas

Antífona: Salmo 12,6 Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez.

Oração do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!


Primeira Leitura: Carta de São Tiago 4,1-10

Caríssimos, de onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.

Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus. Ou julgais ser em vão que a escritura diz: "Com ciúme anela o espírito que nos habita"? Mas ele nos dá uma graça maior. Por isso, a escritura diz: "Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes". Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará. - Palavra do Senhor.

Comentário: O trecho todo é uma forte e eficacíssima contestação dos discípulos que não conhecem a paz interior e exterior, incapazes de domínio de si, privados da força que vem da sequela resoluta de Cristo. Os frutos magníficos de uma vida segundo o evangelho só se conseguem “pedindo-os” a Deus, e “pedindo-os bem”, com o espírito decididamente desprendido do “amor ao mundo”, que é “ódio de Deus”, com humildade e submissão que atraem a graça, reconhecendo a própria miséria, “chorando” as próprias culpas, desejosos de “purificação” e “santificação” que “aproximam de Deus”. Então, o Senhor “os exaltará”.  (Missal Cotidiano)

Salmo: 54(55),7-8. 9-10a. 10b-11a. 23 (R. 23a)

Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
É por isso que eu digo na angústia: "Quem me dera ter asas de pomba e voar para achar um descanso! Fugiria, então, para longe, e me iria esconder no deserto.

Acharia depressa um refúgio contra o vento, a procela, o tufão". Ó Senhor, confundi as más línguas.

Dispersai- as, porque na cidade só se vê violência e discórdia! Dia e noite circundam seus muros.

Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento, e jamais ele irá permitir que o justo para sempre vacile!

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,30-37

Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galiléia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará". Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar.

Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: "O que discutíeis pelo caminho?"  Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!" Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: "Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou". - Palavra da Salvação.

Comentários:

O que faz com que na maioria das vezes não compreendamos corretamente a mensagem de Jesus geralmente são as diferenças que existem entre os nossos interesses e os dele. Enquanto Jesus estava pensando na necessidade da cruz para a realização do Reino de Deus, seus discípulos estavam pensando em um reino com critérios humanos, fundamentado principalmente nas diferenças, nas relações de poder e na hierarquia social, econômica e política. Sempre que não nos colocamos em sintonia com o projeto de Jesus e não colocamos o amor como o critério último das nossas vidas, podemos nos equivocar na compreensão do Evangelho e buscar interpretações que existem muito mais para legitimar os nossos interesses do que para nos conduzir à verdade e ao Reino. (CNBB)

No longo processo de sua formação, os discípulos foram sendo instruídos no modo de ser, característico de quem aderiu ao Reino. Jesus ensinou-os a serem solidários, a cultivar a união fraterna, a estarem sempre prontos para servir. Não tinham sido organizados a partir de critérios humanos de superioridade/inferioridade, pois entre eles deveria reinar a igualdade. As lições do Mestre nem sempre encontraram corações abertos para acolhê-las. Os discípulos mostravam-se reticentes em abrir mão de sua mentalidade. Daí a preocupação em saber quem, dentre eles, seria o maior. Ou seja, quem teria autoridade sobre os outros; quem seria mais importante, objeto da reverência e do respeito dos demais. Tudo ao inverso do que lhes fora ensinado! Jesus resumiu, numa frase, um princípio de ação que deveria nortear a vida do discípulo: "Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos". Esta era sua pauta de ação. Ele se apresentava como Servo, e sua vida definia-se como serviço a todos, sem distinção. Nunca esteve em busca de grandezas, muito menos reduziu os discípulos à condição de escravos seus. Não se preocupou em granjear a estima e a reverência alheias, a qualquer custo. Simplesmente seguiu o seu caminho de servidor, esforçando-se por remediar as carências e os sofrimentos humanos. Apresentou-se como exemplo a ser imitado! (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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