sábado, 28 de maio de 2016

Liturgia Diária Comentada 29/05/2016 Domingo

9ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória e Creio - Cor: Verde - Ano “C” Lucas

Antífona: Salmo 24,16.18 Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados!

Oração do Dia: Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Primeiro Livro dos Reis 8,41-43

Naqueles dias, Salomão rezou no Templo, dizendo: “Senhor, pode acontecer que até um estrangeiro que não pertence a teu povo, Israel, escute falar de teu grande nome, de tua mão poderosa e do poder de teu braço. Se, por esse motivo, ele vier de uma terra distante, para rezar neste templo, Senhor, escuta então do céu onde moras e atende a todos os pedidos desse estrangeiro, para que todos os povos da terra conheçam o teu nome e o respeitem, como faz o teu povo Israel, e para que saibam que o teu nome é invocado neste templo que eu construí”. - Palavra do Senhor. 

Comentário: O rei Salomão pede pelos estrangeiros que venham rezar ao templo do Senhor, que tinha edificado em Jerusalém. Deus é só um e quer que todos os homens se salvem. O texto é tirado da belíssima oração de Salomão, por ocasião da consagração do Templo. Aqui se deixa ver como Javé, o Deus único é universal, isto é, o Deus de toda a Humanidade (as divindades pagãs eram locais e nacionais); cfr. Is 56,6-7. (presbiteros.com.br)

Salmo: 116(117),1.2 (R.Mc 16,15)

Ide, vós, por este mundo afora e proclamai o evangelho a todos!

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!

Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel.

Segunda Leitura: Carta de São Paulo aos Gálatas 1,1-2.6-10

Eu, Paulo, apóstolo - não por iniciativa humana, nem por intermédio de nenhum homem, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai que o ressuscitou dos mortos - e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia.

Admiro-me de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e de terdes passado para um outro evangelho. Não que haja outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e querendo mudar o evangelho de Cristo.

Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja excomungado. Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado.

Será que eu estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo.  - Palavra do Senhor.

Comentário: São Paulo lembra que a doutrina de Jesus é só uma. Os seus enviados têm obrigação de transmiti-la fielmente. E devemos acautelar-nos com os que venham anunciar outro Evangelho diferente. Às Igrejas da Galácia. Mais provavelmente não se trata das comunidades formadas na primeira viagem (Act 13-14), mas da Galácia do Norte (Ancira…) a que se refere Act 16,6 e 18,23. 6-10 S. Paulo começa por mostrar o seu espanto e profunda indignação por os Gálatas se terem deixado passar para um Evangelho diferente, quando só há um Evangelho, e nem sequer um Anjo do Céu podia vir ensinar outro. De facto, após a preparação de Paulo, tinham chegado ali alguns cristãos judaizantes que perturbavam os convertidos do paganismo, dizendo-lhes que precisavam de se sujeitar às práticas judaicas para se salvarem, acusando Paulo de não pregar a circuncisão para agradar aos ouvintes. Mas, neste caso, já não seria servo de Cristo, coisa que ninguém se atrevia a pôr em dúvida, em face da sua vida heroicamente exemplar. Esta passagem e toda a carta deixa ver como a vida das primeiras comunidades cristãs não estava entregue ao fervor popular ou à liderança de uns tantos carismáticos, mas estava confiada à vigilância dos Apóstolos que zelavam a pureza da fé nas comunidades que lhes estavam ligadas pela pregação ali exercida pessoalmente ou por enviados seus. (presbiteros.com.br)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 7,1-10

Naquele tempo: Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: 'O oficial merece que lhe faças este favor, porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga’.

Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: 'Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: 'Vai!', ele vai; e a outro: 'Vem!', ele vem; e ao meu empregado 'Faze isto!', e ele o faz'.

Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: 'Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.' Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Mais uma vez, nos Evangelhos, Jesus se mostra admirado ao deparar com manifestações de fé entre os estrangeiros, enquanto seus próprios conterrâneos não se mostravam dispostos a fazer aposta semelhante. São Mateus registra que a falta de fé dos nazarenos chegou a impedir que Jesus fizesse milagres (cf. Mt 13,58). O centurião romano, ao contrário, foi um desses que ousaram apostar... André Louf comenta: “A cada vez que Jesus, no Evangelho, encontra a fé naquele que se apresenta diante dele, acontece um milagre, infalivelmente. É que em Jesus a onipotência de Deus habita o mundo, à disposição dos homens”. Isto deve explicar que os milagres se tornem raros entre nós: pura falta de fé, e não a indiferença de Deus... Prossegue o monge cisterciense: “Se a onipotência de Deus parece, às vezes, pouco operante, pouco eficaz, é porque ela está como amarrada pela falta de fé exatamente daqueles que deveriam gerá-la para o bem de todos. Sozinha, basta a fé, mesmo pequenina, mesmo minúscula como o grão de mostarda no côncavo da mão, para liberar a onipotência divina e torná-la ativa através da oração de todos aqueles que passam necessidade”. No caso deste Evangelho, ele pergunta: “Em quê a fé do centurião foi excepcional? Primeiro, simplesmente porque o centurião não é um judeu, mas um estrangeiro que não pertence ao povo da Aliança. Não apenas um estrangeiro, mas até um inimigo, oficial do exército de ocupação. A este título, a atitude do centurião é seguramente espantosa”. De fato, o militar que pede a cura de seu escravo não se apoia apenas da fama de Jesus. Vai além. Ele faz um autêntico ato de fé: “Dize uma palavra... e será curado!” Despido de sua patente de oficial, ele se humilha e reconhece o poder de Jesus. O centurião se confessa indigno de ter a presença do Mestre em sua própria casa, mostrando que a fé costuma fazer dupla com a humildade, enquanto a descrença tantas vezes se explica pelo orgulho... “Hoje – conclui André Louf – os estrangeiros que somos nós, também podemos ser privilegiados da fé, como o soldado romano. A onipotência divina, outrora rejeitada em Jesus pelo antigo Israel, permanece atualmente à disposição da Igreja e pode ser gerada pela pessoa de cada crente, gratuitamente, como um dom inesperado, imerecido, da parte de Deus.” É triste pensar no desperdício da graça gerada pelos sacramentos, no rio de água viva que jorra em cada celebração eucarística, mas nos encontra alheios e distraídos, preenchidos por preocupações e empreendimentos meramente humanos, contando apenas com nosso esforço e suor. E Jesus ali presente, à espera de nosso ato de fé... (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança)

Ao atender o pedido do oficial romano, Jesus ensinou aos seus discípulos a estarem prontos para realizar uma missão universal, para além dos limites do povo de Israel. Esta advertência justifica-se, se considerarmos a mentalidade segregacionista de seus contemporâneos, para os quais o contato com os pagãos deveria ser ciosamente evitado. O pedido do oficial romano, que chegou até Jesus pela mediação de alguns judeus, foi aceito de imediato. O Mestre dispôs-se a ir até onde se encontrava o homem enfermo, a fim de curá-lo, sem se importar com o perigo de contrair impureza. Então o oficial, agiu com extrema delicadeza. Ao pensar que seria constrangedor para o judeu Jesus ter de entrar na casa de um pagão, sugeriu-lhe fazer o milagre à distância, sem o incômodo de infringir as rigorosas leis religiosas de seu povo. O segundo pedido do oficial foi uma inequívoca confissão de fé. Ele merecia ser atendido sem demora. A constatação da "fé" deste pagão, maior que a de qualquer israelita, era um alerta para os discípulos: deveriam estar atentos à boa-vontade dos pagãos, em acolher o Reino. Se, fora de Israel, o Reino produzia seus efeitos nos corações das pessoas, por que limitar seu anúncio aos israelitas? O Reino não era propriedade particular de ninguém. Quem o acolhesse na fé, estaria em condições de ser agraciado por ele. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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