sábado, 14 de janeiro de 2017

Jesus tira os pecados do mundo - Reflexão 2º Domingo Comum “A” - São Mateus

Jesus tira os pecados do mundo

A expressão "Cordeiro de Deus" (evangelho) lembra aos ouvintes hebreus duas imagens distintas, mas, no fundo, convergentes: a imagem do Servo de Javé que aparece "como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda diante dos tosquiadores" (Is 53,7), e a imagem do cordeiro do sacrifício pascal.

Jesus, cordeiro libertador

Segundo a cronologia joanina, Jesus foi morto na vigília da festa dos ázimos, isto é, da Páscoa, à tarde, na mesma hora em que, conforme as prescrições da lei, se imolavam no templo os cordeiros. Depois da morte não lhe foram quebradas as pernas como aos outros condenados, e o evangelista vê neste fato a realização de uma prescrição ritual concernente ao cordeiro pascal (Jo 19,36; cf Ex 12,46). Em outras palavras, Jesus, o Cristo, é o cordeiro da Nova Páscoa que, com sua morte, inaugura e ratifica a libertação do povo de Deus. A essa luz é lida a ia leitura, que fala da missão do Servo de Javé. A Igreja primitiva, muito cedo, verá os traços de Cristo nesse profeta descrito pelo Segundo-Isaías. Este texto é um trecho do segundo dos quatro cânticos de Isaias que falam do "Servo de Javé". O servo é uma figura simbólica que incorpora em si todo o destino de um povo, e que, mediante seu papel histórico, revela Deus como salvador e libertador. A função do Servo de Javé não diz respeito somente à volta e à libertação dos exilados hebreus da Babilônia, mas adquire uma dimensão ecumênica, universal. A própria libertação histórica de Israel se torna antecipação e penhor de uma salvação e uma libertação definitiva de dimensões cósmicas "até os extremos da terna". Reconhecendo no Servo de Javé Jesus, "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", a comunidade primitiva exprime a própria fé em Cristo libertador e salvador do mundo.


A salvação, hoje

O homem moderno parece realmente convencido de ser o dono do seu destino. Hoje há um novo modo de se pôr e viver o problema da salvação. Ao homem de hoje se oferece uma nova esperança terrena. A visão do homem passa de teocêntrica a geocêntrica e antropocêntrica: operou-se um radical deslocamento de interesses, uma autêntica revolução copernicana no universo espiritual do homem. Não se considera mais um peregrino que percorre apressadamente o vale de lágrimas deste mundo, todo voltado para a terra prometida da eternidade. Torna-se cada vez mais sedentário; substituiu a tenda movediça pela sólida casa de pedra. As únicas fronteiras que conhece são as terrestres e temporais. Uma esperança humana e terrena tomou o lugar da esperança teologal.

Uma nova missão e uma nova ação dão um sentido novo à sua vida: o da conquista gradual e irreversível do mundo. A fidelidade à terra e a preocupação com a construção da cidade terrena sobrepujaram as esperanças e preocupações escatológicas.

Uma nova confiança no homem é a base desta luta gigantesca. O homem não espera mais a salvação de fora, mas a constrói com suas próprias mãos.

Ambiguidade e desequilíbrio do nosso mundo

Mas talvez o homem esteja percebendo que foi apressado demais ao proclamar sua completa autonomia e ao pregar a morte de Deus, considerando-o supérfluo. A embriaguez do progresso tornou-o, por pouco tempo, cego diante dos permanentes desequilíbrios que existem no mundo e dos fenômenos novos, que, por sua própria novidade, preocupam. O mundo se apresenta ainda cheio de problemas não resolvidos. Soluciona­dos alguns, permanecem outros cuja solução parece distante ou certa­mente impossível, enquanto surgem sempre novos problemas, criados pelo próprio progresso, pela ciência e pela técnica. Aliás, a ciência e a atividade técnica, embora buscando a salvação do homem, são apenas um dos modos de se dispor a ela, ou melhor, apresentam somente o aspecto mais primitivo, mais rudimentar e superficial da solução dos problemas humanos; restam outros problemas sobre os quais a técnica e a ciência positiva nada ou pouco têm a dizer.

Além disso, o homem percebeu às próprias custas, infelizmente, que o progresso técnico é fundamentalmente ambíguo, isto é, aberto tanto ao bem como ao mal, à salvação como à perdição do homem. A dura experiência de duas guerras mundiais, os campos de concentração, as terríveis devastações da primeira bomba atômica, o desequilíbrio produzido na ecologia, a poluição atmosférica, as obscuras e apocalípticas visões dos futurólogos, lhes propõem novamente o problema de uma "salvação" de dimensões mais vastas e profundas.

·        Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 49,3.5-6
·        Salmo: 39,2.4ab.7-8a. 8b-9.10 (R.8a.9a)
·        Segunda Leitura: Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 1,1-3
·        Evangelho: de Jesus Cristo segundo João 1,29-34

Fonte: Missal Dominical (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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