segunda-feira, 22 de maio de 2017

Comunhão Sacrílega, o que significa?

“Portanto, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado contra o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se cada um a si mesmo e, assim, coma do pão e beba do cálice; pois, quem come e bebe sem distinguir devidamente o corpo, come e bebe sua própria condenação. É por isso que há entre vós muitos enfermos e doentes, e não poucos têm morrido.” (1Cor 11,27-30)


A comunhão sacrílega é uma das ofensas mais graves à Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitos desconhecem a existência da mesma e não se preparam receber a Eucaristia. Outros não veem nenhum mal por desconhecer as consequências e os efeitos de tamanho ultraje.

A comunhão sacrílega ocorre quando a pessoa recebe Jesus Eucarístico sem o devido preparo, ou seja, com pecados mortais pendentes de serem perdoados através da Confissão. Este é um pecado que corrói vorazmente o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, e também faz pesar a justiça de Deus sobre os homens.

Os santos são unânimes em proclamar a gravidade deste pecado:

“Não há praticamente nenhum crime que mais ofende a Deus que a comunhão sacrílega.” (Santo Antônio Maria Claret)

“O comungante em pecado mortal comete um crime maior que Herodes” (Santo Agostinho de Hipona)

“[O comungante comete um crime] mais assustador do que Judas” (São João Crisóstomo)

“Quem faz comunhão sacrílega, recebe em seu coração a Satanás e a Jesus Cristo; a satanás, para fazê-lo reinar, e a Jesus Cristo para oferecê-lo em sacrifício a Satanás” (São Cirilo de Alexandria)

“Não existe na terra um suplício que seja suficiente para punir quem comunga em estado de pecado mortal” (Jesus à Santa Brígida)

A gravidade deste crime é tão grande que suplicam, por tudo o que é mais sagrado, que tenham todo cuidado:

“Confessai-vos com humildade e devoção. Se for possível, todas as vezes que fostes comungar, mesmo que na consciência não estejais sentindo nenhum remorso de pecado mortal” (São Francisco de Sales)

“Também eu levanto a voz e vos suplico, peço e esconjuro para não vos abeirardes desta Mesa sagrada com uma consciência manchada e corrompida. De fato, uma tal aproximação nunca poderá chamar-se comunhão, ainda que toquemos mil vezes o corpo do Senhor, mas condenação, tormento e redobrados castigos.” (São João Crisóstomo)

Muitos ainda poderiam afirmar que isso é um exagero porque a pessoa não vê nenhum mal aparente nisso. Porém, nestes 2000 anos, a Igreja tem vivenciado uma série de comprovações concretas de que este pecado é ofensa gravíssima à Deus, como podemos conferir em narrações:

“São Cipriano refere que alguns de seu tempo, não sendo dignos de receber a Sagrada Comunhão, depararam-se com uma dor intolerável nas entranhas e às portas da morte. São João Crisóstomo conhecia muitos possuídos por demônios por causa deste crime.” (Santo Antônio Maria Claret)

“Lemos na vida de um monge de São Bernardo se atreveu a comungar em pecado mortal. Algo terrível! Logo que o Santo lhe deu a Sagrada Hóstia, rebentou como Judas e como ele foi condenado eternamente.” (Santo Antônio Maria Claret)

Alguns poderiam argumentar que estes casos são raros e que não veem nas paróquias as pessoas sofrendo tais suplícios com frequência. Porém devemos lembrar que as maiores punições não são as do corpo, mas as da alma. E elas são:

“Mas se a estes últimos pecadores [comungantes] não os pune de forma visível, já o está a fazer invisivelmente: com a cegueira de entendimento, dureza de coração, do seu abandono neste mundo, e em seguida, no outro, com o castigo eterno do Inferno.” (Santo Antônio Maria Claret)

A cegueira de entendimento torna as pessoas cegas e incapazes de entender o bem e o mal, se aprofundar nos mistérios santos e ter acesso à Sabedoria de Deus. Isso é claramente comprovado ao vermos que estas pessoas que comungam de forma indigna não são capazes de entender este pecado (e muitos outros) quando se tenta explicar para elas.

A dureza do coração é quando a pessoa se fecha a graça de Deus, não permite Jesus entrar de nenhuma maneira. E com isso impede toda a ação da graça. Isso vemos claramente quando as pessoas não são capazes de sequer considerar a hipótese de deixar um determinado pecado, de mudar de mentalidade ou de lutar contra os vícios.

Ser abandonado neste mundo é terrível, pois assim somos entregues à ação de Satanás sem o amparo que os filhos de Deus possuem. Isso é nítido quando vemos pessoas que decaem cada vez mais no abismo do pecado numa decadência moral e espiritual contínua.

Por fim, a última é o merecimento do Inferno, que levará a pessoa a sofrer as penas eternas e muito mais cruéis que os piores sofrimentos desta vida. E passará a eternidade se odiando por ter podido evitar este pecado, mas não ter dado atenção ao ensinamento da Igreja.

São Macário teve a seguinte visão: Quando o sacerdote estava distribuindo a Santa Comunhão, viu que se aproximavam espíritos malignos, de aspecto horroroso!

Quando o sacerdote apresentava a hóstia a uma pessoa bem preparada, os demônios fugiam apressadamente. Mas se era um indigno, depositavam-lhe na mão carvão em brasa e no mesmo instante a Santa Hóstia voltava para o altar.

Deus castiga às vezes a comunhão sacrílega, já nesta vida.

Godwin, duque de Kent, foi acusado de ter assassinado o irmão do rei. Defendeu-se e apelou para a santa Comunhão, dizendo: “Se eu tiver pensado ou maquinado um atentado contra o senhor ou seu irmão, asfixie-me a santa Hóstia que vou tomar”. Tomou então a santa Hóstia; no entanto, mal a recebera, sua boca fechou, a garganta se contraiu, de modo que morreu asfixiado.

Um mendigo pediu a São Paulino uma esmola. O Santo Bispo notou que o mendigo tinha um braço seco e perguntou-lhe a causa. Contou-lhe então, que num momento de grande raiva tinha espancado a mãe, de tal forma que ela viera falecer. Então, enterrou-a ocultamente.

Sendo o dia seguinte a 5ª. Feira Santa tinha que fazer a Comunhão Pascal. Comungou sem confessar esse grande pecado. Entretanto, quando o sacerdote colocou a Santa Hóstia na sua mão criminosa, (antigamente, o sacerdote colocava a hóstia na mão do comungante, e não havia a hóstia pequenina, de modo que não era possível comungar na boca), ela entorpeceu e debaixo de terríveis sofrimentos começou a secar. E terminou assim.

- Gritei de dor e todos se acercavam de mim aterrorizados. Fugi de minha terra, trazendo desde então o cruciante castigo comigo. O pior é que meu crime me arrastará para o inferno. Perguntou-lhe o santo se queria perdão de seu pecado.

- Quem me dera! - respondeu o pecador. Então o Santo mandou que durante sete anos se colocasse à porta da Igreja, todos os domingos e dias santos, descoberto, descalço, mostrando a todos a sua mão seca e contando o seu crime.

Assim fez o pecador, edificando todo o povo com a sua penitência.

Passados três anos, insistiram junto ao santo bispo para que perdoasse o resto da penitência. O Bispo atendeu ao pedido do povo. Levou então o homem para dentro da igreja, deu-lhe a absolvição dos pecados e deu-lhe por fim a Santa Comunhão.

Mal tinha recebido a Santa Hóstia, um grande calor lhe invadiu o corpo todo e a mão tornou-se perfeitamente boa.

“Mors est malis, vita bonis. Vide paris sumptionis Quam sit dispar exitus”: "É morte para os maus, vida para os bons. Vê, como do mesmo manjar efeito diferente resulta!”

Livrai-nos Virgem Maria de tão grave ofensa. Protegei-nos e dai-nos sabedoria e discernimento para não ocorrer de ofendermos vosso Diviníssimo Filho. Com seu amor terno, adentrai o coração dos sacrílegos e convertei-os para que alcancem a santidade e a felicidade Eterna.

Fonte: Front Católico
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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