sábado, 10 de junho de 2017

Liturgia Diária Comentada 10/06/2017 sábado

9ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 24,16.18 - Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados!

Oração do Dia: Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Livro de Tobias 12,1.5-15.20

Naqueles dias, Tobit chamou Tobias, seu filho, e disse-lhe: “Filho, paguemos o salário ao homem que viajou contigo, acrescentando uma gratificação”. Tobias chamou, pois, o anjo e disse-lhe: “Recebe como salário a metade de tudo o que trouxeste ao voltar, e vai em paz”.


Então Rafael chamou os dois à parte e disse-lhes: “Bendizei a Deus e dai-lhe graças, diante de todos os viventes, pelos benefícios que vos concedeu. Bendizei e cantai o seu nome. Manifestai a todos os homens as obras de Deus, como é justo, e não hesiteis em expressar-lhe o vosso reconhecimento. Se é bom guardar o segredo do rei, é justo revelar e publicar as obras de Deus. Fazei o bem, e o mal não vos atingirá.

É valiosa a oração com o jejum, e a esmola com justiça, do que muito com iniquidade. Melhor é dar esmolas, do que acumular tesouros. A esmola livra da morte e purifica de todo pecado. Os que dão esmola serão saciados de vida. Aqueles, porém, que cometem o pecado e a injustiça, são inimigos de si mesmos.

E agora vos manifestarei toda a verdade, sem vos ocultar coisa alguma. Já vos declarei e disse: “É bom guardar o segredo do rei, mas as obras de Deus devem ser reveladas, com a glória devida”. Pois bem, quando tu e Sara fazíeis oração, eu apresentava o memorial da vossa prece diante da glória do Senhor. E fazia o mesmo quando tu, Tobit, enterravas os mortos. Quando não hesitaste em levantar-te da mesa, deixando a refeição e saindo para sepultar um morto, fui enviado a ti para te pôr à prova. Mas Deus enviou-me, também, para te curar a ti e a Sara, tua nora.

Eu sou Rafael, um dos sete anjos que permanecem diante da glória do Senhor e têm acesso à sua presença”. Agora, bendizei o Senhor sobre a terra e dai graças a Deus. Eis que subo para junto de quem me enviou. Escrevi tudo o que vos aconteceu”. E o anjo desapareceu. - Palavra do Senhor.

Comentário: Quando se pensa pagar alguma coisa a Deus, ele revela que tudo foi dom gratuito. A grande mensagem do livro de Tobias está no nome de Rafael, que significa “Deus cura”. Os conselhos finais do anjo (oração, jejum e esmola) resumem os deveres da pessoa para com Deus, para consigo mesma e para com o próximo. Tais conselhos serão retomados pelo Evangelho. Esta revelação do “sentido” de toda a história de Tobias e de sua família é um presságio do que acontecerá no fim de toda existência humana, quando cada um verá a luz de Deus os fios de sua vida. Isto será para ele a fonte de sua eterna felicidade. O livro de Tobias nos convida, pois, a erguermos o olhar e entrever o que Deus faz por nós. São quatro mensagens. Antes de tudo o “agradecimento”, que para nós, cristãos, tem um sentido profundamente “eucarístico”: Jesus agradeceu ao Pai poder dar-se a nós em dom tão completo. Deus nos “protege” fazendo-nos “ser bons, virtuosos, operadores do bem. Daí a certeza de que toda prece ou boa ação nossa é “apresentada” a Deus, não é coisa anônima, perdida entre tantas, tem um nome, um valor, é cara a Deus. Enfim, exatamente por isso, Deus nos “prova”, nos “experimenta” como o outro, para levar-nos a maior pureza, gratificar-nos e premiar-nos mais. (Missal Cotidiano)

Salmo: Tb 13,2. 6. 7. 8 (R. 2a)
Bendito seja Deus, que vive eternamente!

Porque vós castigais e salvais, fazeis descer aos abismos da terra, e de lá nos trazeis novamente: de vossa mão nada pode escapar.

Compreendei o que fez para nós, dai-lhe graças, com todo o respeito! Vossas obras celebrem a Deus e exaltem o Rei sempiterno!

Eu desejo, de toda a minh'alma alegrar-me em Deus, Rei dos céus.

Bendizei o Senhor, seus eleitos, fazei festa e alegres louvai-o!

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 12,38-44

Naquele tempo, Jesus dizia, no seu ensinamento, à multidão: "Tomai cuidado com os doutores da lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação".

Jesus estava sentado no templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias. Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. Jesus chamou os discípulos e disse: "Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver". - Palavra da Salvação.

Comentários:

Entre as inúmeras motivações que encontramos nos dias de hoje para o seguimento de Jesus, uma delas é a busca de privilégios. Isso não é uma coisa nova. Basta, para nós, a memória dos filhos de Zebedeu, que queriam sentar-se à direita e à esquerda de Jesus na sua glória. De fato, a religião pode tornar-se fonte de privilégios para muitas pessoas, principalmente numa sociedade religiosa e hierarquizada como a nossa. Não é essa a vontade de Jesus para os seus seguidores, pois Jesus não quis privilégios nem mesmo para si próprio. Ele quer de nós a disponibilidade e a entrega de vida, a exemplo da viúva que, com a única moeda que não seria valorizada por ninguém, deu o maior exemplo de total entrega. (CNBB)

O contraste entre a oferta dos ricos e a da pobre viúva foi sublinhado, de propósito, por Jesus. Dois gestos, materialmente idênticos, escondiam diferenças significativas. A oferta do rico, maior em quantidade, não tinha a qualidade da oferta da viúva: a primeira provinha do supérfluo, a segunda da penúria e significava abrir mão do próprio sustento. A generosidade do rico revelou exibição, enquanto a da viúva tinha a consistência de um gesto feito de coração. A observação de Jesus deixava transparecer sua simpatia e predileção pelos pobres. A humildade e simplicidade destes tornavam-nos abertos para Deus, a ponto de se esquecerem de si mesmos e de suas necessidades materiais. A total confiança na misericórdia divina levava-os a se mostrarem desapegados mesmo daquilo que lhes era necessário para sobreviver. Desta maneira, os pobres mostravam-se mais predispostos a acolher o Reino de Deus. Por não estarem apegados aos bens materiais, deixavam espaço aberto para Deus se tornar Senhor de suas vidas. Jesus dava-se conta de como a pobreza gerava liberdade, possibilitando a ação do Reino. Louvando o gesto daquela pobre viúva, Jesus denunciava o daqueles que acreditavam poder comprar a benevolência divina com esmolas generosas. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Sabemos que na época tanto a escrita como a leitura não era acessível a todas as pessoas, para falar a verdade poucas tinham esse conhecimento, e como diz o ditado: “em terra de cego quem tem um olho é rei”, os escribas eram considerados como intelectuais, “Rabi”. Cabia a eles a interpretação das Escrituras, e foi justamente ai que eles pecaram, pois impunha ao povo pesados fardos devido à interpretação rigorosa da Lei, o profeta Jeremias diz que os escribas transformaram a Lei de Deus em uma mentira (Jr.8,8). Somando-se a isso vinha à arrogância e o menosprezo para com os demais, principalmente com aqueles que exerciam trabalhos manuais, sem contar a soberba de serem notados e cumprimentados por todos. Na realidade estavam indo no sentido contrario de Jesus, pois gostavam de ser servidos e ocupar os primeiros lugares. Marcos nos apresenta um fato típico e até certo ponto normal, as ofertas depositadas para manutenção do Templo, duas pessoas; o rico deposita muito, o pobre oferta um pouquinho quase nada, poderíamos dizer que cada um estava agindo de acordo com suas possibilidades, acontece que Jesus, aquele que perscruta os corações, ver mais além. Aqui Jesus não dirige sua atenção ao rico, se ele está ofertando de maneira pomposa para ser notado ou se está agindo correto e de forma verdadeira. O Alvo é a viúva, mas não o valor que ela está dando, e sim o que ela está dando. Ao contrario dos demais a viúva está ofertando tudo o que lhe resta, está depositando nas mãos do Senhor toda a sua segurança, está se confiando totalmente a providência Divina, deposita ali sua última gota de esperança. (Ricardo e Marta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)

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