terça-feira, 4 de julho de 2017

Se quisesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo - Santo Agostinho

É esta a nossa glória: o testemunho de nossa consciência. Há homens de juízo temerário, detratores, maldizentes, murmuradores, suspeitosos do que não veem, procurando acusar o que nem mesmo suspeitam. Contra gente assim, o que nos resta a não ser o testemunho de nossa consciência? Mas, irmãos, também em relação àqueles a quem queremos agradar, não procuramos nossa glória nem a devemos buscar, mas a salvação deles, de modo que não se extraviem aqueles que nos seguem, se andarmos bem. Sejam nossos imitadores, se o formos de Cristo. Se não formos imitadores de Cristo, que eles o sejam! Pois o Senhor apascenta o seu rebanho e junto com todos os bons pastores, ele é o único, porque todos estão nele.


Por isso, não temos em vista nosso proveito quando buscamos agradar aos homens, mas queremos alegrar-nos com eles, alegrarmo-nos por sentirem prazer com o bem, para vantagem deles, não para nossa honra. Claramente se percebe contra quem disse o Apóstolo: Se quisesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo. Também se percebe a favor de quem ele disse: Agradai a todos em tudo, assim como também eu lhes agrado em tudo. Ambas as coisas puras, ambas sem perturbação. Quanto a ti, come e bebe tranquilamente; mas não pises os pastos, nem turves as águas.

Na verdade, também ouviste nosso Senhor Jesus Cristo, o Mestre dos apóstolos: Brilhem vossas obras diante dos homens, para que vejam o bem que fazeis e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. Ele vos fez assim: Nós, gente de suas pastagens e ovelhas de suas mãos. Louvor a ele que te fez bom, se és bom, e não a ti que, por ti mesmo só poderias ser mau. Por que queres torcer a verdade, de modo que quando fazes algum bem, queres ser elogiado e, quando fazes o mal, queres que o Senhor seja criticado? De fato, aquele que disse: Brilhem vossas obras diante dos homens, é o mesmo que, na mesma exortação, declarou: Não façais vossa justiça diante dos homens. Como no Apóstolo, também no Evangelho estes ditos te parecem contraditórios. Se, porém, não turvares a água de teu coração, aí encontrarás o acordo das Escrituras e terás paz também com elas.

Esforcemo-nos, pois, irmãos, não apenas para sermos bons, mas ainda para convivermos bem com os homens. Não procuremos apenas ter uma boa consciência, mas, na medida em que permitirem nossas limitações, vigilantes sobre a fragilidade humana, empenhemo-nos em nada fazer que levante dúvidas para o irmão mais fraco. Não aconteça que, comendo ervas boas e bebendo águas límpidas espezinhemos as pastagens de Deus e as ovelhas fracas comam a erva pisada e bebam a água turva.

Santo Agostinho (354/430)
Bispo de Hipona - Doutor da Igreja

Fonte: Liturgia das Horas

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